quinta-feira, março 25

Pelo Futuro

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Citando Paulo Rangel "a democracia tem de garantir a cada nova geração a possibilidade de decidir do seu próprio destino". É esta liberdade e responsabilidade geracional que também nos desafia a dar um contributo para a construção de uma alternativa de poder. Acreditamos que a crise económica e financeira na qual Portugal mergulhou é sintoma de uma doença mais grave que se alastra silenciosamente desde que o PS tomou o poder. Há uma crise social, um défice moral, e uma ameaça de falência dos nossos valores, que condiciona a saúde da nossa democracia. A nossa candidatura não se esgota num discurso economicista, nem em receitas de macro-economia, mas tem a ambição de ir mais longe, à raiz do problema, para fazer a ruptura com o modelo socialista que tem minado a sociedade portuguesa. Por isso acreditamos que a redução do défice das contas públicas, as opções do pec, os orçamentos rectificativos, e demais instrumentos de engenharia financeira, não são a solução para todos os problemas do país.
Há um modelo social que foi construído pelo PS e que deve ser denunciado publicamente. Não podemos exigir à classe média portuguesa que pague os custos das políticas socialistas. Não podemos exigir aos Portugueses, que trabalharam toda uma vida, que se conformem com a previsão de terem as suas reformas desfalcadas para sustentar os custos sociais daqueles que, podendo, não querem trabalhar. Não é justo que quem dá mais à sociedade Portuguesa responda pelos custos sociais daqueles que dão menos e, muitas vezes, em nada contribuem para a comunidade. Temos pois que libertar o futuro das próximas gerações que vão nascer já com o "dote" do endividamento destes anos de desgoverno socialista. O contribuinte Português tem sido o garante da subsistência de uma doença social que criou um estado de subsidio-dependência, designadamente, do rendimento social de inserção, e que tem gerado efeitos perversos: 1º o número de "novos pobres" aumenta pois está instituída uma máquina oficial que todos os dias atrai mais gente para o rendimento social de inserção; 2º os subsídios de desemprego, e outras prestações sociais como o rendimento social de inserção, estão em competição com os salários baixos e com o trabalho precário, o que desmotiva o próprio mercado de trabalho; 3º a campanha socialista pelas prestações sociais - como o rendimento social de inserção - foi de tal forma vigorosa que muitos já assumem que, pela via do subsídio e abonos complementares, ganham mais do que aqueles que trabalham arduamente e que, não só têm que suportar as suas famílias, como ainda os custos sociais da "Previdência". É preciso, é urgente, e é inevitável romper com esta injustiça social. Paulo Rangel promete ainda libertar Portugal do peso do endividamento; romper com o modelo educativo vigente que faz dos professores os avaliados; denunciar o laxismo da "escola inclusiva"; aliviar a canga do investimento público que endivida o país de modo desigual e absorve grande parte dos activos da banca anulando a capacidade desta para financiar projectos de iniciativa privada.
Temos que nos empenhar em romper com este lastro de endividamento público que nos afunda e que nesse naufrágio quer arrastar ainda os rendimentos de quem trabalha com uma carga fiscal e de custos sociais que a todos asfixia. Temos ainda que ganhar coragem para nos libertarmos da herança revolucionária da liberdade, igualdade e fraternidade para aceitarmos que, nos anos zero deste novo milénio, temos que proclamar a diversidade, a solidariedade e a segurança como paradigmas complementares daqueles e constituintes de um novo Estado. Diversidade porque a igualdade faz-se pelo direito à diferença, por exemplo, das regiões e das autonomias. Solidariedade porque os direitos sociais exigem respeito pelas diferenças sem resvalar para o igualitarismo. Segurança porque não é livre, nem pode ser solidário, quem vive sob o jugo do medo, da incerteza contra os riscos sociais, e sob a ameaça de ineficácia do Estado de Direito.
É este novo paradigma que nos promete Paulo Rangel e no qual acreditamos. Pelo futuro.
João Nuno Almeida e Sousa
Mandatário Regional nos Açores da candidatura de Paulo Rangel

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