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O Reino Unido sempre foi uma reserva moral de bom senso, conservadorismo e liberalismo. Sempre resistiu à standartização de Bruxelas que nivelando tudo pela mesma régua e esquadro impõe um igualitarismo cego, surdo e mudo à diversidade. Porém, mesmo no Reino Unido a tradição já não é o que era. Sucumbindo à tirania do igualitarismo, e por influência da parametrização da União Europeia, aprovou recentemente a Equality Bill que, nos termos da lei, termina com a liberdade do "tratamento menos favorável não intencional". Que significa esta fórmula escrita na "novilíngua" do politicamente correcto? Vejamos: por esta via a lei impõe medidas tão intrusivas na liberdade empresarial como, por exemplo, a proibição das convencionais "ladies nights" em discotecas ou clubes onde normalmente as mulheres pagam menos do que os acompanhantes do sexo masculino! Também os ginásios que se atrevam a sinalizar e alertar as "sócias" para o risco da prática de determinados exercícios, ou para o levantamento de pesos acima da sua condição física, podem ser processados pelo facto de sugerirem um preconceito que evoca o estigma do "sexo fraco". Como se percebe estas leis igualitaristas só funcionam num sentido pois não se enxerga nas mesmas a preocupação correlativa, por exemplo, com o tratamento discriminatório dos "gentlemen" que são barrados à porta de clubes e discotecas por não terem acompanhante feminino, nem ninguém se atreve a afirmar que a existência de ginásios exclusivamente para senhoras representam um exercício ignóbil de segregação e discriminação. Onde está aqui a igualdade? Mas as alterações impostas à sociedade por decreto, hoje no Reino Unido, amanhã em Portugal, vão ainda mais longe. A legislação elaborada pela Comissão de Igualdade e Direitos Humanos, eventualmente decantada de uma qualquer "bula" emitida pela Comissão Europeia, não se fica pela suposta discriminação sexual. A discriminação por associação está também na agenda gerando uma teia de padronização que se presta a mirabolantes exercícios. Todo este sopro igualitarista é o resultado de uma contracultura instalada no topo das elites do poder, designadamente na União Europeia, que ameaça derivar para uma ortodoxia que tratará como "hereges" aqueles atentem contra os dogmas desta pós-modernidade. A diversidade, que existe no mundo real, implica também o reconhecimento do direito à diferença incompatível com o igualitarismo de Estado.
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João Nuno Almeida e Sousa nas crónicasdigitais do jornaldiário.com
O Reino Unido sempre foi uma reserva moral de bom senso, conservadorismo e liberalismo. Sempre resistiu à standartização de Bruxelas que nivelando tudo pela mesma régua e esquadro impõe um igualitarismo cego, surdo e mudo à diversidade. Porém, mesmo no Reino Unido a tradição já não é o que era. Sucumbindo à tirania do igualitarismo, e por influência da parametrização da União Europeia, aprovou recentemente a Equality Bill que, nos termos da lei, termina com a liberdade do "tratamento menos favorável não intencional". Que significa esta fórmula escrita na "novilíngua" do politicamente correcto? Vejamos: por esta via a lei impõe medidas tão intrusivas na liberdade empresarial como, por exemplo, a proibição das convencionais "ladies nights" em discotecas ou clubes onde normalmente as mulheres pagam menos do que os acompanhantes do sexo masculino! Também os ginásios que se atrevam a sinalizar e alertar as "sócias" para o risco da prática de determinados exercícios, ou para o levantamento de pesos acima da sua condição física, podem ser processados pelo facto de sugerirem um preconceito que evoca o estigma do "sexo fraco". Como se percebe estas leis igualitaristas só funcionam num sentido pois não se enxerga nas mesmas a preocupação correlativa, por exemplo, com o tratamento discriminatório dos "gentlemen" que são barrados à porta de clubes e discotecas por não terem acompanhante feminino, nem ninguém se atreve a afirmar que a existência de ginásios exclusivamente para senhoras representam um exercício ignóbil de segregação e discriminação. Onde está aqui a igualdade? Mas as alterações impostas à sociedade por decreto, hoje no Reino Unido, amanhã em Portugal, vão ainda mais longe. A legislação elaborada pela Comissão de Igualdade e Direitos Humanos, eventualmente decantada de uma qualquer "bula" emitida pela Comissão Europeia, não se fica pela suposta discriminação sexual. A discriminação por associação está também na agenda gerando uma teia de padronização que se presta a mirabolantes exercícios. Todo este sopro igualitarista é o resultado de uma contracultura instalada no topo das elites do poder, designadamente na União Europeia, que ameaça derivar para uma ortodoxia que tratará como "hereges" aqueles atentem contra os dogmas desta pós-modernidade. A diversidade, que existe no mundo real, implica também o reconhecimento do direito à diferença incompatível com o igualitarismo de Estado.
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João Nuno Almeida e Sousa nas crónicasdigitais do jornaldiário.com
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