quarta-feira, março 31
Agente Provocador
O trio (de ataque) residente regressa esta 4ªfeira ao formato original do Agente para receber no palco da Antena1 - Açores a bailarina/formadora/produtora Maria João Gouveia para um conversa em torno da dança e dos desafios que se colocam aos jovens criadores das ilhas. Para ouvir (ver fica para mais tarde) a partir das 22h10.
A SPEA e as dificuldades da vida associativa
Uma das organizações não governamentais mais interessantes de Portugal e, quiçá, mais importantes também – a SPEA – corre o risco de extinguir – no extremo, claro, tal como algumas das aves que procura proteger – caso não se encontre alguém para formar lista e presidir aos seus órgãos sociais, ficando assim ameaçados o nosso Priolo e uma considerável quantidade de aves por este país fora.
A “convocatória” para a participação dos sócios da SPEA na organização de uma comissão, reinstaladora – digo eu – era quase pungente e, de forma mais ou menos inocente, apelava até à manifestação espontânea, no sentido de se encontrar a hipotética-mas-plausível explicação para o momento actual.
Há dias, era a Quercus que se manifestava com preocupação e necessidade de empolgar mais simpatizantes para a “causa natural”, caso contrário, perdia o “estatuto”.
Alguém consegue dizer-me o que se passa com esta malta? Será que não gosta de dar o corpo ao manifesto? Será que deixou de reconhecer validade nas causas, pelas quais já se lutou e se devia continuar? Será que a fibra amoleceu com o passar dos anos? Ou será que a estranha e demasiada politização destas organizações e outras associações faz as pessoas afastarem-se delas?
Independentemente das respostas que possam estar latentes, e em rigor, é graças a estas instituições que muitas coisas escapam – vivas – ao despotismo atrevido de quem sacrifica o planeta e a vida - nas suas mais variadas formas.
No entanto, há uma outra verdade, mais ou menos submersa, que apenas vem à tona quando as coisas não correm pelo melhor: A malta que, aparentemente, julga nada poder fazer, gosta de transformar os voluntariosos em seus bodes expiatórios, ignorando que a vida que hoje vivemos, até mesmo nos Açores, é um pouco madrasta e o tempo que sobra devia ser aproveitado em prol do benefício comum (valorizando as partes envolvidas e a comunidade em geral), sem que para isso tenha que crucificar mais um qualquer Cristo.
A “convocatória” para a participação dos sócios da SPEA na organização de uma comissão, reinstaladora – digo eu – era quase pungente e, de forma mais ou menos inocente, apelava até à manifestação espontânea, no sentido de se encontrar a hipotética-mas-plausível explicação para o momento actual.
Há dias, era a Quercus que se manifestava com preocupação e necessidade de empolgar mais simpatizantes para a “causa natural”, caso contrário, perdia o “estatuto”.
Alguém consegue dizer-me o que se passa com esta malta? Será que não gosta de dar o corpo ao manifesto? Será que deixou de reconhecer validade nas causas, pelas quais já se lutou e se devia continuar? Será que a fibra amoleceu com o passar dos anos? Ou será que a estranha e demasiada politização destas organizações e outras associações faz as pessoas afastarem-se delas?
Independentemente das respostas que possam estar latentes, e em rigor, é graças a estas instituições que muitas coisas escapam – vivas – ao despotismo atrevido de quem sacrifica o planeta e a vida - nas suas mais variadas formas.
No entanto, há uma outra verdade, mais ou menos submersa, que apenas vem à tona quando as coisas não correm pelo melhor: A malta que, aparentemente, julga nada poder fazer, gosta de transformar os voluntariosos em seus bodes expiatórios, ignorando que a vida que hoje vivemos, até mesmo nos Açores, é um pouco madrasta e o tempo que sobra devia ser aproveitado em prol do benefício comum (valorizando as partes envolvidas e a comunidade em geral), sem que para isso tenha que crucificar mais um qualquer Cristo.
terça-feira, março 30
segunda-feira, março 29
Noite de Cineclube
O enredo: «Todas as tardes, um novo episódio da novela radiofónica "Rosa la China", em que as vozes se transformam em imagens. Cuba, anos 50. La Trompeta é o clube nocturno mais concorrido de Havana. Dulzura dirige o sítio com braço de ferro e ajuda das suas relações políticas duvidosas. A amante, Rosa, anda a enganá-lo com um gigolo de falinhas mansas chamado Marcos. É um triângulo manipulado pelo dinheiro e pela ambição, condenado ao melodrama. Sedução, decepção, amor desesperado,... Mas toda a gente afasta as preocupações dançando ao som dos ritmos latinos que se ouvem em La Trompeta. Mas lá fora, as greves e os protestos dos estudantes reflectem o estado de agitação que se vive na capital cubana. Para os mais supersticiosos, as cartas ditam o destino de todos».
A sessão está marcada para hoje às 21h30 no Cine Solmar.
domingo, março 28
Hoje é a minha vez de me deitar...assim
Quem hoje esteve no Teatro não ficou, com certeza, indiferente à voz frágil e sussurante de Lisa Ekdahl.
Concerto profissional. Duração q/b. Sala cheia. Público receptivo e participativo. E com direito a um elogio ao Steinway (mais um!).
Em suma, uma noite feliz e um bom prenúncio para os meses que se avizinham.
Cool
Lisa Ekdahl canta esta noite em Ponta Delgada no âmbito da programação dos Açores - Região Europeia do Ano 2010.
sábado, março 27
...Eu hoje deitei-me assim
...
Esta é a Melhor Canção Original dos Óscares de 2010. Ryan Bingham é o cantor que suporta em parte a banda sonora de Crazy Heart, filme que valeu a Jeff Bridges o merecido prémio de melhor actor na 82ª Cerimónia dos Óscares. O filme é uma espécie de wrestler em versão country music. Sublime é a interpretação de Jeff Bridges cantando outras lutas, as do quotidiano, para as quais há sempre uma segunda oportunidade ou,se quisermos,um second round.
Viola da Terra vs Electrónica
A Viola da Terra será a protagonista deste concerto que é o culminar do Laboratório de Viola da Terra, promovido pela cooperativa cultural MaLA no âmbito do projecto Azores Combo.
sexta-feira, março 26
Desafios de futuro e outras utopias *
Steve Jobs, citado por António Câmara
«(...) O nosso ambiente é favorável à experimentação de ideias novas.
Sendo as ideias um elemento determinante da economia do conhecimento,
nada nos impede assim de realmente competir.»
António Câmara, Expresso
Nos Açores, passados 30 anos de poder autonómico, mantém-se a luta por fazer diminuir as dificuldades contidas na descontinuidade territorial e, nessa medida, pelo garante das acessibilidades primárias.
Apesar do muito que já foi feito, persistem diversos constrangimentos.
Antes batíamo-nos por necessidades essenciais; hoje, as lutas estão na busca continuada pela elevação dos padrões de conforto. Ainda bem que assim é. Desde a entrada de Portugal na União Europeia, foi trilhado um longo caminho na justa aplicação dos incentivos financeiros, sendo que, nos Açores, estes foram e têm sido canalizados para a edificação de necessidades básicas inerentes a um território descontinuado, cujo investimento nem sempre é mensurável.
Os desafios do futuro desenvolvem-se com as pessoas de hoje.
Nesta medida, o incremento da qualificação da sociedade açoriana, seja por via do ensino regular, do ensino profissional ou pela certificação de competências, é a base para o desenvolvimento futuro. Combater a iliteracia e o abandono escolar são prioridades. Nunca como agora se batalhou tanto nesta luta, por vezes inglória, em torno da educação. E não podemos ignorar que o ponto de partida nos é desfavorável, com valores baixos e desiguais. Os dados estatísticos respondem por si.
Persistem comportamentos marginais em determinados sectores da sociedade açoriana. Os mais precários são, por regra, aqueles que resistem à mudança. Há melhorias, mas a marcha não é, ainda, a melhor. O progresso operado tem recuperado alguns indivíduos dados como “perdidos”. Existem, obviamente, casos de sucesso, mas temos de trabalhar para que a escola seja, naturalmente, parte integrante do projecto de vida de parte importante da população, pelo que o combate ao abandono escolar em detrimento de uma empregabilidade juvenil, pouco especializada, mal paga e com uma reduzida perspectiva de futuro, será uma das lutas importantes a travar neste tempo de futuro.
A par deste desiderato, somos habitualmente confrontados com o facto de os Açores serem considerados um laboratório natural pelas condições naturais que os assistem, quer em terra, quer no oceano, quer pela inconstância dos fenómenos naturais que os distinguem - factores que podem e devem ser potenciados junto das comunidades científicas. Neste campo, a Universidade dos Açores deverá desempenhar o papel principal, quiçá mais expedito, procurando parceiros conceituados e de renome, aliando a pesquisa e a investigação a factores endógenos, à medicina e às alterações climáticas, explorando desafios e posicionando-se no mercado global; escolhendo a especialização por áreas científicas e tecnológicas associadas às energias renováveis, nomeadamente à geotermia, em detrimento de áreas com menos expressão laboral e cujos constrangimentos se têm feito sentir. Com isto não pretendo dizer que a Universidade deva abandonar as suas áreas “tradicionais”, mas tem de assumir algum carácter pragmático com vista à sua “viabilização” e dos seus três pólos, transformando-os em domínios dinamizadores, que sirvam a Região e a façam posicionar-se internacionalmente como um veículo de conhecimento e, localmente, como um factor de impulso ao desenvolvimento. Este parece-me ser o grande desafio da própria universidade e da resposta que for dada dependerá a sua subsistência futura.
Temos ao nosso dispor características endógenas propícias à produção de energia renovável, seja ela de natureza hídrica, eólica, das ondas ou geotérmica. Em 2009, a produção de energia eléctrica com base em renováveis atingiu os 26% do total produzido nos Açores. O Projecto “Green Islands” promovido MIT Portugal tem como objectivo transformar o arquipélago numa região "mais sustentável" e que tenha pelo menos 75% a 80% da sua electricidade fornecida por recursos renováveis, até 2018, de modo a torná-lo num "alvo de atenção internacional".
Este objectivo é, a meu ver, substantivo. O exemplo, desta mudança energética em curso, são as ilhas das Flores e de São Miguel, cujo peso na produção de renováveis atingiu, em 2007, os 54% e os 47%, respectivamente, sendo que, em 2009, a ilha das Flores conseguiu obter 12 dias de energias 100% verdes.
O desafio energético é um dos maiores em termos globais e em locais dispersos e remotos, como os Açores, é quase inevitável e é algo para o qual devemos focalizar as nossas atenções, com claros benefícios económicos e ambientais, para além de viabilizar a “autonomia” de determinadas ilhas, que são vítimas de contingências circunstanciais, que, por vezes, diminuem a qualidade de vida de quem as habita.
Para além da importância estratégica, da auto-sustentabilidade energética, a par das classificações recentes da UNESCO, como reservas da biosfera e património da humanidade, devemos cultivar a preservação da biodiversidade e “explorar” as mais-valias turísticas que daí possam advir e usufruir da notoriedade de um local exclusivo e ímpar.
Numa economia global há que competir de igual para igual, por isso temos de compreender onde nos inserimos, olhar muito para além da linha do horizonte, retirar de nós próprios aquilo que melhor produzimos, de modo a não nos deixarmos cair na tentação de cobiçarmos o que é mais óbvio e aquilo que não nos diferencia.
Estes são, na minha modesta perspectiva, alguns dos maiores desafios que se colocam aos Açores no limiar deste novo século. E que passam, também, por examinarmos as idiossincrasias que nos distanciam, mas que são elas próprias a nossa melhor riqueza. Por medir os critérios de desenvolvimento, não pelo número de obras a concurso, mas sim por aquelas que são fundamentais. Para que equívocos do passado não se repitam.
O futuro destas ilhas passará, acredito, inexoravelmente pela competitividade, por critérios de qualidade e pela diferenciação – e, sempre, pela riqueza da herança cultural do seu património edificado e pessoal, mantido pela valorização continuada dos açorianos e dos que escolhem os Açores para viver.
Alexandre Pascoal, Fevereiro 2010
* Contributo publicado na edição comemorativa dos 20 anos do Jornal 'Expresso das Nove'
quinta-feira, março 25
Pelo Futuro
...
Citando Paulo Rangel "a democracia tem de garantir a cada nova geração a possibilidade de decidir do seu próprio destino". É esta liberdade e responsabilidade geracional que também nos desafia a dar um contributo para a construção de uma alternativa de poder. Acreditamos que a crise económica e financeira na qual Portugal mergulhou é sintoma de uma doença mais grave que se alastra silenciosamente desde que o PS tomou o poder. Há uma crise social, um défice moral, e uma ameaça de falência dos nossos valores, que condiciona a saúde da nossa democracia. A nossa candidatura não se esgota num discurso economicista, nem em receitas de macro-economia, mas tem a ambição de ir mais longe, à raiz do problema, para fazer a ruptura com o modelo socialista que tem minado a sociedade portuguesa. Por isso acreditamos que a redução do défice das contas públicas, as opções do pec, os orçamentos rectificativos, e demais instrumentos de engenharia financeira, não são a solução para todos os problemas do país.
Citando Paulo Rangel "a democracia tem de garantir a cada nova geração a possibilidade de decidir do seu próprio destino". É esta liberdade e responsabilidade geracional que também nos desafia a dar um contributo para a construção de uma alternativa de poder. Acreditamos que a crise económica e financeira na qual Portugal mergulhou é sintoma de uma doença mais grave que se alastra silenciosamente desde que o PS tomou o poder. Há uma crise social, um défice moral, e uma ameaça de falência dos nossos valores, que condiciona a saúde da nossa democracia. A nossa candidatura não se esgota num discurso economicista, nem em receitas de macro-economia, mas tem a ambição de ir mais longe, à raiz do problema, para fazer a ruptura com o modelo socialista que tem minado a sociedade portuguesa. Por isso acreditamos que a redução do défice das contas públicas, as opções do pec, os orçamentos rectificativos, e demais instrumentos de engenharia financeira, não são a solução para todos os problemas do país.
Há um modelo social que foi construído pelo PS e que deve ser denunciado publicamente. Não podemos exigir à classe média portuguesa que pague os custos das políticas socialistas. Não podemos exigir aos Portugueses, que trabalharam toda uma vida, que se conformem com a previsão de terem as suas reformas desfalcadas para sustentar os custos sociais daqueles que, podendo, não querem trabalhar. Não é justo que quem dá mais à sociedade Portuguesa responda pelos custos sociais daqueles que dão menos e, muitas vezes, em nada contribuem para a comunidade. Temos pois que libertar o futuro das próximas gerações que vão nascer já com o "dote" do endividamento destes anos de desgoverno socialista. O contribuinte Português tem sido o garante da subsistência de uma doença social que criou um estado de subsidio-dependência, designadamente, do rendimento social de inserção, e que tem gerado efeitos perversos: 1º o número de "novos pobres" aumenta pois está instituída uma máquina oficial que todos os dias atrai mais gente para o rendimento social de inserção; 2º os subsídios de desemprego, e outras prestações sociais como o rendimento social de inserção, estão em competição com os salários baixos e com o trabalho precário, o que desmotiva o próprio mercado de trabalho; 3º a campanha socialista pelas prestações sociais - como o rendimento social de inserção - foi de tal forma vigorosa que muitos já assumem que, pela via do subsídio e abonos complementares, ganham mais do que aqueles que trabalham arduamente e que, não só têm que suportar as suas famílias, como ainda os custos sociais da "Previdência". É preciso, é urgente, e é inevitável romper com esta injustiça social. Paulo Rangel promete ainda libertar Portugal do peso do endividamento; romper com o modelo educativo vigente que faz dos professores os avaliados; denunciar o laxismo da "escola inclusiva"; aliviar a canga do investimento público que endivida o país de modo desigual e absorve grande parte dos activos da banca anulando a capacidade desta para financiar projectos de iniciativa privada.
Temos que nos empenhar em romper com este lastro de endividamento público que nos afunda e que nesse naufrágio quer arrastar ainda os rendimentos de quem trabalha com uma carga fiscal e de custos sociais que a todos asfixia. Temos ainda que ganhar coragem para nos libertarmos da herança revolucionária da liberdade, igualdade e fraternidade para aceitarmos que, nos anos zero deste novo milénio, temos que proclamar a diversidade, a solidariedade e a segurança como paradigmas complementares daqueles e constituintes de um novo Estado. Diversidade porque a igualdade faz-se pelo direito à diferença, por exemplo, das regiões e das autonomias. Solidariedade porque os direitos sociais exigem respeito pelas diferenças sem resvalar para o igualitarismo. Segurança porque não é livre, nem pode ser solidário, quem vive sob o jugo do medo, da incerteza contra os riscos sociais, e sob a ameaça de ineficácia do Estado de Direito.
É este novo paradigma que nos promete Paulo Rangel e no qual acreditamos. Pelo futuro.
João Nuno Almeida e Sousa
Mandatário Regional nos Açores da candidatura de Paulo Rangel
É este novo paradigma que nos promete Paulo Rangel e no qual acreditamos. Pelo futuro.
João Nuno Almeida e Sousa
Mandatário Regional nos Açores da candidatura de Paulo Rangel
quarta-feira, março 24
Capitalismo à regional
Assim vai a saúde do suposto Capitalismo made in azores com o dinheiro do Estado.
Vejamos a dúvida :
"A Administração Pública deve criar, nesta altura, mais pequenas obras para reanimar a construção civil açoriana?" (Pergunta o Correio dos Açores).
A resposta doutrinal é de Roberto Couto (entre parêntesis, uma das referências incontornáveis da nossa construção civil) :
"A Administração Pública tem obrigações para com o tecido empresarial, não sei se obrigações entre parêntesis ou fora de parêntesis. Até por um efeito muito simples: Tudo o que eles fizerem hoje para o tecido empresarial, vão sentir o efeito negativo ou positivo a curto e médio prazo. Eu não sei se as obras têm de ser mais pequenas ou maiores, mas é essencial uma coisa: Elas têm de ter preço. O preço do investimento público através de obras tem de partir do pressuposto que é para gerar riqueza e não pobreza. Os actuais critérios de adjudicação permitem que, por cada euro investido numa empresa para fazer uma determinada obra, se ela tiver prejuízo é melhor porque há muita gente que fica com um sorriso na cara."
...
Pois ! Mas não vivemos numa economia de mercado ? Pergunto eu e pergunta o néscio ! Parece que não até porque, para alguns, o Estado e a Administração Pública são entidades que se devem fundir (atenção aos trocadilhos) num esforço convergente (quiçá "corporativo") para salvar os privados.
...
Ouçamos novamente a voz da experiência formada na tarimba das obras privadas e consolidada nas obras públicas :
"Temos de acabar com este paradigma do Governo. Eu preferia falar em Administração Pública. Tudo quanto é Administração Pública está no mesmo monte. Não podemos estar aqui a falar do Governo e, depois, estarmos a separar o Governo das Câmaras. Não podemos estar a fazer separações dessas na economia e muito menos pode Governo e Câmaras estar cada qual a puxar para seu lado. O esforço tem de ser convergente porque o efeito na economia é convergente. Portanto, esse não é um problema do Governo ou das Câmaras, é um problema de nós todos."
...
Pois, estou a ver ! O problema é de todos, aparentemente criado apenas por alguns, e exige uma solução global (não há aqui qualquer gag de mau gosto) que passe pela Banca. Dá-se o caso de que a saúde financeira da Banca também não é das melhores mas, como para grandes males grandes remédios, salvar-nos-á o "pé-de-meia" (as aspas são minhas) comum, o "porquinho" (idem) das poupanças, enfim a nossa "caixa forte" (again) que não sendo de nenhum Tio Patinhas é de uma vara de patos (como eu) que ainda acreditam que se trata de uma instituição vocacionada para o aforro de toda uma vida e não para o empréstimo de ocasião. Adivinhem de quem vos falo ? Da Caixa Geral de Depósitos pois claro. Afinal de contas, de tostões e milhões, "o cofre é o mesmo. Quer o Governo, quer as Câmaras vão todos agarrar o mesmo cofre onde depositamos. Tem de haver uma solução para o endividamento, neste caso o das Câmaras. Este endividamento não pode continuar sobrecarregando o endividamento das empresas, principalmente nas circunstâncias que atravessamos. A determinada altura estas dívidas incomodava-nos pouco porque a área financeira (os bancos) colocava dinheiro em circulação. Hoje a área financeira não põe juro porque, também, não tem essa capacidade. Agora, esse passivo das empresas tem de ser agarrado por quem é responsável por ele e, por isso, eu defendo que enquanto a Administração Pública não for tão eficaz quanto eles são em nos cobrar, nós nunca mais endireitamos as contas. Vamos estar sempre com as contas tortas."
...
E as minhas contas quem as vai endireitar ? E as tuas humilde leitor ? Para uns capitalismo sem risco com a rede do Estado ; Para outros o Estado travestido de capitalista esbulhando o que nos resta para pagar a factura dos custos sociais (you name it). Chamar a isto "CapitalISMO" só se for "à regional" e made in azores. É uma espécie de terceiro género que deriva do SocialISMO ou uma aberração hermafrodita do CapitalISMO ? Perguntem ao Barata, conhecedor destes e doutros "ismos", que também é cliente da caixa, e que sabe muito mais de Economia do que muita e boa gente com licença para fazer "estudos de mercado" mas que nunca viu uma "folha de pagamentos" na frente !
...
Pois ! Mas não vivemos numa economia de mercado ? Pergunto eu e pergunta o néscio ! Parece que não até porque, para alguns, o Estado e a Administração Pública são entidades que se devem fundir (atenção aos trocadilhos) num esforço convergente (quiçá "corporativo") para salvar os privados.
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Ouçamos novamente a voz da experiência formada na tarimba das obras privadas e consolidada nas obras públicas :
"Temos de acabar com este paradigma do Governo. Eu preferia falar em Administração Pública. Tudo quanto é Administração Pública está no mesmo monte. Não podemos estar aqui a falar do Governo e, depois, estarmos a separar o Governo das Câmaras. Não podemos estar a fazer separações dessas na economia e muito menos pode Governo e Câmaras estar cada qual a puxar para seu lado. O esforço tem de ser convergente porque o efeito na economia é convergente. Portanto, esse não é um problema do Governo ou das Câmaras, é um problema de nós todos."
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Pois, estou a ver ! O problema é de todos, aparentemente criado apenas por alguns, e exige uma solução global (não há aqui qualquer gag de mau gosto) que passe pela Banca. Dá-se o caso de que a saúde financeira da Banca também não é das melhores mas, como para grandes males grandes remédios, salvar-nos-á o "pé-de-meia" (as aspas são minhas) comum, o "porquinho" (idem) das poupanças, enfim a nossa "caixa forte" (again) que não sendo de nenhum Tio Patinhas é de uma vara de patos (como eu) que ainda acreditam que se trata de uma instituição vocacionada para o aforro de toda uma vida e não para o empréstimo de ocasião. Adivinhem de quem vos falo ? Da Caixa Geral de Depósitos pois claro. Afinal de contas, de tostões e milhões, "o cofre é o mesmo. Quer o Governo, quer as Câmaras vão todos agarrar o mesmo cofre onde depositamos. Tem de haver uma solução para o endividamento, neste caso o das Câmaras. Este endividamento não pode continuar sobrecarregando o endividamento das empresas, principalmente nas circunstâncias que atravessamos. A determinada altura estas dívidas incomodava-nos pouco porque a área financeira (os bancos) colocava dinheiro em circulação. Hoje a área financeira não põe juro porque, também, não tem essa capacidade. Agora, esse passivo das empresas tem de ser agarrado por quem é responsável por ele e, por isso, eu defendo que enquanto a Administração Pública não for tão eficaz quanto eles são em nos cobrar, nós nunca mais endireitamos as contas. Vamos estar sempre com as contas tortas."
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E as minhas contas quem as vai endireitar ? E as tuas humilde leitor ? Para uns capitalismo sem risco com a rede do Estado ; Para outros o Estado travestido de capitalista esbulhando o que nos resta para pagar a factura dos custos sociais (you name it). Chamar a isto "CapitalISMO" só se for "à regional" e made in azores. É uma espécie de terceiro género que deriva do SocialISMO ou uma aberração hermafrodita do CapitalISMO ? Perguntem ao Barata, conhecedor destes e doutros "ismos", que também é cliente da caixa, e que sabe muito mais de Economia do que muita e boa gente com licença para fazer "estudos de mercado" mas que nunca viu uma "folha de pagamentos" na frente !
segunda-feira, março 22
Dia Mundial da Água
Hoje, dia 22 de Março, Dia Mundial da Água, passa, pelas 18h30, no auditório da Biblioteca Pública e Arquivo Regional de Ponta Delgada, o documentário A Natureza e o Engenho - Moinhos de São Miguel, realizado por André Laranjinha e produzido pela Cresaçor - Criações Periféricas, no âmbito da acção do Museu Móvel e das comemorações do dia Internacional dos Monumentos e Sítios de 2009.
Um filme duplamente premiado no Faial Films Fest 2009.
domingo, março 21
sexta-feira, março 19
ao Sol
...
Com a leitura dos jornais locais recebi logo com o café da manhã, entre o jocoso e a soberba, sentidos pêsames pelo decesso anunciado da candidatura de Paulo Rangel ao PSD à qual, como alguns saberão, me associei por convicção. Ao contrário da opinião senatorial de alguns não hipotequei, com tal direito que me assiste, a minha honra, nem "botei" o meu nome abaixo do de Paulo Rangel que teve a amabilidade de me convidar para ser seu mandatário regional! Entre militantes nunca estamos "abaixo" ou "acima" -(embora alguns tenham essa atávica presunção de que falam do alto do púlpito)- mas sim sempre ao lado dos nossos "companheiros" nas lutas comuns que nos motivam. Nisto não há qualquer ignominiosa desonra nem qualquer seguidismo subserviente em relação ao qual, aliás, estou bem à vontade dado que é sabido que o "establishment" do PSD/A apoia fervorosamente o Pedro Passos Coelho!
Adiante.
Retomando os sms e "piadolas" recebidas entrementes sobre a abada que prometem as sondagens mantive sobre as mesmas a distância devida. Porém uma leitura avisada das mesmas, por dever de ofício, não podia ser omitida. No intervalo para a merenda do desjejum do meio-dia lá fui trincando a informação que brilhava refulgente no jornal Sol. A fazer fé na manchete "Passos Coelho será o próximo líder do PSD" de acordo com a "sondagem realizada pela Pitagórica para o SOL junto de militantes sociais-democratas, entre os dias 10 e 14 de Março". Diz a referida sondagem que a vitória de PPC é de 51 % sobre os demais concorrentes ! Desconfio sempre de sondagens e fica-me sempre a impressão de que sendo encomendadas são feitas à medida de quem as veste. No caso presente julgo que foram inquiridos, por telefone, pouco mais do que quinhentos militantes, que nem sabemos se são votantes ou não de acordo com as regras vigentes para o sufrágio, e que como se sabe, exigem, nomeadamente, a actualização das quotas que são devidas. Só por aqui já me merecem muitas reservas os resultados das sondagens. Porém, no caso do Sol dúvidas não tenho de que se trata de uma sondagem a pedido e rogo de PPC para acender o "soundbyte" de que vive a política. Esta, infelizmente, vive menos de ideias mas mais do plástico efémero da notícia que faz a edição da manhã e o telejornal da noite. Resta acrescentar, para quem ainda tem dúvidas da bondade desta sondagem, que a mesma foi realizada pela Pitagórica – Investigação e Estudos de Mercado, cujo Administrador mor é Alexandre Picoto...por coincidência o mesmo que integra a Comissão de Honra de Pedro Passos Coelho. Se é este tipo de política que é fiável e recomendável dúvidas não tenho de que estou de corpo inteiro e com honradez do outro lado. Parafraseando, com as devidas adaptações, Jorge Nascimento Cabral, em post-scriptum da sua crónica semanal do Correio dos Açores, cuja publicidade agradeço apesar de ter omitido o meu nome, na política como na vida devemos estar "De pé, como os Homens". Há quem prefira fazer baixa política, no conforto cálido das sombras, sempre na expectativa de que quando o Sol brilhar lá estarão na primeira linha dos holofotes e ao lado de quem vencer. Sempre foi assim !
Com a leitura dos jornais locais recebi logo com o café da manhã, entre o jocoso e a soberba, sentidos pêsames pelo decesso anunciado da candidatura de Paulo Rangel ao PSD à qual, como alguns saberão, me associei por convicção. Ao contrário da opinião senatorial de alguns não hipotequei, com tal direito que me assiste, a minha honra, nem "botei" o meu nome abaixo do de Paulo Rangel que teve a amabilidade de me convidar para ser seu mandatário regional! Entre militantes nunca estamos "abaixo" ou "acima" -(embora alguns tenham essa atávica presunção de que falam do alto do púlpito)- mas sim sempre ao lado dos nossos "companheiros" nas lutas comuns que nos motivam. Nisto não há qualquer ignominiosa desonra nem qualquer seguidismo subserviente em relação ao qual, aliás, estou bem à vontade dado que é sabido que o "establishment" do PSD/A apoia fervorosamente o Pedro Passos Coelho!
Adiante.
Retomando os sms e "piadolas" recebidas entrementes sobre a abada que prometem as sondagens mantive sobre as mesmas a distância devida. Porém uma leitura avisada das mesmas, por dever de ofício, não podia ser omitida. No intervalo para a merenda do desjejum do meio-dia lá fui trincando a informação que brilhava refulgente no jornal Sol. A fazer fé na manchete "Passos Coelho será o próximo líder do PSD" de acordo com a "sondagem realizada pela Pitagórica para o SOL junto de militantes sociais-democratas, entre os dias 10 e 14 de Março". Diz a referida sondagem que a vitória de PPC é de 51 % sobre os demais concorrentes ! Desconfio sempre de sondagens e fica-me sempre a impressão de que sendo encomendadas são feitas à medida de quem as veste. No caso presente julgo que foram inquiridos, por telefone, pouco mais do que quinhentos militantes, que nem sabemos se são votantes ou não de acordo com as regras vigentes para o sufrágio, e que como se sabe, exigem, nomeadamente, a actualização das quotas que são devidas. Só por aqui já me merecem muitas reservas os resultados das sondagens. Porém, no caso do Sol dúvidas não tenho de que se trata de uma sondagem a pedido e rogo de PPC para acender o "soundbyte" de que vive a política. Esta, infelizmente, vive menos de ideias mas mais do plástico efémero da notícia que faz a edição da manhã e o telejornal da noite. Resta acrescentar, para quem ainda tem dúvidas da bondade desta sondagem, que a mesma foi realizada pela Pitagórica – Investigação e Estudos de Mercado, cujo Administrador mor é Alexandre Picoto...por coincidência o mesmo que integra a Comissão de Honra de Pedro Passos Coelho. Se é este tipo de política que é fiável e recomendável dúvidas não tenho de que estou de corpo inteiro e com honradez do outro lado. Parafraseando, com as devidas adaptações, Jorge Nascimento Cabral, em post-scriptum da sua crónica semanal do Correio dos Açores, cuja publicidade agradeço apesar de ter omitido o meu nome, na política como na vida devemos estar "De pé, como os Homens". Há quem prefira fazer baixa política, no conforto cálido das sombras, sempre na expectativa de que quando o Sol brilhar lá estarão na primeira linha dos holofotes e ao lado de quem vencer. Sempre foi assim !
quinta-feira, março 18
Igualitarismos
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O Reino Unido sempre foi uma reserva moral de bom senso, conservadorismo e liberalismo. Sempre resistiu à standartização de Bruxelas que nivelando tudo pela mesma régua e esquadro impõe um igualitarismo cego, surdo e mudo à diversidade. Porém, mesmo no Reino Unido a tradição já não é o que era. Sucumbindo à tirania do igualitarismo, e por influência da parametrização da União Europeia, aprovou recentemente a Equality Bill que, nos termos da lei, termina com a liberdade do "tratamento menos favorável não intencional". Que significa esta fórmula escrita na "novilíngua" do politicamente correcto? Vejamos: por esta via a lei impõe medidas tão intrusivas na liberdade empresarial como, por exemplo, a proibição das convencionais "ladies nights" em discotecas ou clubes onde normalmente as mulheres pagam menos do que os acompanhantes do sexo masculino! Também os ginásios que se atrevam a sinalizar e alertar as "sócias" para o risco da prática de determinados exercícios, ou para o levantamento de pesos acima da sua condição física, podem ser processados pelo facto de sugerirem um preconceito que evoca o estigma do "sexo fraco". Como se percebe estas leis igualitaristas só funcionam num sentido pois não se enxerga nas mesmas a preocupação correlativa, por exemplo, com o tratamento discriminatório dos "gentlemen" que são barrados à porta de clubes e discotecas por não terem acompanhante feminino, nem ninguém se atreve a afirmar que a existência de ginásios exclusivamente para senhoras representam um exercício ignóbil de segregação e discriminação. Onde está aqui a igualdade? Mas as alterações impostas à sociedade por decreto, hoje no Reino Unido, amanhã em Portugal, vão ainda mais longe. A legislação elaborada pela Comissão de Igualdade e Direitos Humanos, eventualmente decantada de uma qualquer "bula" emitida pela Comissão Europeia, não se fica pela suposta discriminação sexual. A discriminação por associação está também na agenda gerando uma teia de padronização que se presta a mirabolantes exercícios. Todo este sopro igualitarista é o resultado de uma contracultura instalada no topo das elites do poder, designadamente na União Europeia, que ameaça derivar para uma ortodoxia que tratará como "hereges" aqueles atentem contra os dogmas desta pós-modernidade. A diversidade, que existe no mundo real, implica também o reconhecimento do direito à diferença incompatível com o igualitarismo de Estado.
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João Nuno Almeida e Sousa nas crónicasdigitais do jornaldiário.com
O Reino Unido sempre foi uma reserva moral de bom senso, conservadorismo e liberalismo. Sempre resistiu à standartização de Bruxelas que nivelando tudo pela mesma régua e esquadro impõe um igualitarismo cego, surdo e mudo à diversidade. Porém, mesmo no Reino Unido a tradição já não é o que era. Sucumbindo à tirania do igualitarismo, e por influência da parametrização da União Europeia, aprovou recentemente a Equality Bill que, nos termos da lei, termina com a liberdade do "tratamento menos favorável não intencional". Que significa esta fórmula escrita na "novilíngua" do politicamente correcto? Vejamos: por esta via a lei impõe medidas tão intrusivas na liberdade empresarial como, por exemplo, a proibição das convencionais "ladies nights" em discotecas ou clubes onde normalmente as mulheres pagam menos do que os acompanhantes do sexo masculino! Também os ginásios que se atrevam a sinalizar e alertar as "sócias" para o risco da prática de determinados exercícios, ou para o levantamento de pesos acima da sua condição física, podem ser processados pelo facto de sugerirem um preconceito que evoca o estigma do "sexo fraco". Como se percebe estas leis igualitaristas só funcionam num sentido pois não se enxerga nas mesmas a preocupação correlativa, por exemplo, com o tratamento discriminatório dos "gentlemen" que são barrados à porta de clubes e discotecas por não terem acompanhante feminino, nem ninguém se atreve a afirmar que a existência de ginásios exclusivamente para senhoras representam um exercício ignóbil de segregação e discriminação. Onde está aqui a igualdade? Mas as alterações impostas à sociedade por decreto, hoje no Reino Unido, amanhã em Portugal, vão ainda mais longe. A legislação elaborada pela Comissão de Igualdade e Direitos Humanos, eventualmente decantada de uma qualquer "bula" emitida pela Comissão Europeia, não se fica pela suposta discriminação sexual. A discriminação por associação está também na agenda gerando uma teia de padronização que se presta a mirabolantes exercícios. Todo este sopro igualitarista é o resultado de uma contracultura instalada no topo das elites do poder, designadamente na União Europeia, que ameaça derivar para uma ortodoxia que tratará como "hereges" aqueles atentem contra os dogmas desta pós-modernidade. A diversidade, que existe no mundo real, implica também o reconhecimento do direito à diferença incompatível com o igualitarismo de Estado.
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João Nuno Almeida e Sousa nas crónicasdigitais do jornaldiário.com
quarta-feira, março 17
Agente Provocador
O regresso esta 4ª feira do Agente à Antena1 - Açores e que hoje recebe à mesa André Alcântara (Chef da Casa Velha - Sushi Lounge).
* A emissão estará reduzida a 3, pois o agente Alexandre não marcará presença por motivos de "ordem profissional"
terça-feira, março 16
"auto promoção"
Sim eu sei. É feia a auto promoção. E então, depois da lei da rolha, horrível!
Mas não resisti.
Recebi o convite do Luís Almeida e assustei-me:
Serei eu um pai do novo tempo? Sem tempo para os que do meu tempo carecem?
A ver vamos, o que diz a senhora psicóloga.
Bem, em verdade, o que desejo promover é a iniciativa da Bertrand (Parque Atlântico), por ocasião do “Dia do Pai”, agora, a 19 de Março, como todos sabem.
Passem por lá.
Abraços.
Mas não resisti.
Recebi o convite do Luís Almeida e assustei-me:
Serei eu um pai do novo tempo? Sem tempo para os que do meu tempo carecem?
A ver vamos, o que diz a senhora psicóloga.
Bem, em verdade, o que desejo promover é a iniciativa da Bertrand (Parque Atlântico), por ocasião do “Dia do Pai”, agora, a 19 de Março, como todos sabem.
Passem por lá.
Abraços.
Desculpe, importa-se de repetir?!
«Santana critica silêncio dos candidatos sobre 'lei da rolha' durante o congresso»Uma norma com efeito profético.
segunda-feira, março 15
"Telephone"
And Now For Something Completely extra-ORDINARY
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Lady Gaga e Beyoncé, Ebony and Ivory, numa paródia que faz do video um terceiro género que não sendo cinema também não anda longe das referências da 7ª arte. Está lá o trash movie com a abertura na "prison for bitches", explícitas homenagens à linguagem corporal de Madonna e o toque de Tarantino nos diálogos misturados com weirdos e personagens neo-punks que julgo serem mutantes da raça humana. No final, a prometer sequela, uma corruptela de Thelma and Louise. Tão non-sense como um sketch dos Monty Python's só que o circo é outro e a estrela convidada é Beyoncé.
TO BE CONTINUED...
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Lady Gaga e Beyoncé, Ebony and Ivory, numa paródia que faz do video um terceiro género que não sendo cinema também não anda longe das referências da 7ª arte. Está lá o trash movie com a abertura na "prison for bitches", explícitas homenagens à linguagem corporal de Madonna e o toque de Tarantino nos diálogos misturados com weirdos e personagens neo-punks que julgo serem mutantes da raça humana. No final, a prometer sequela, uma corruptela de Thelma and Louise. Tão non-sense como um sketch dos Monty Python's só que o circo é outro e a estrela convidada é Beyoncé.
TO BE CONTINUED...
domingo, março 14
sábado, março 13
"e.literacia"
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No final do ano de 2009 a Amazon registou pela primeira vez um volume de vendas dos livros em suporte digital superior à venda em papel. Há cada vez mais pessoas a lerem livros, revistas, e jornais em suporte electrónico. Alguns destes depósitos da palavra escrita existem apenas na internet como é o caso deste jornal onde escrevo. É uma tendência numa revolução digital que tem já 2 biliões de utilizadores on-line! Os dados são de facto avassaladores: 234 milhões de websites; 126 Milhões de blogs; 350 milhões de pessoas conectadas ao facebook carregando a rede social com 30 biliões de fotos por ano num ritmo de 6 milhões de visitas por minuto! Neste contexto, no ano passado, só nos Estados Unidos da América, o volume de vendas de livros electrónicos foi de 350 milhões de Dólares quando um ano antes tinha sido de "apenas" 100 milhões. O ritmo é de expansão rumo a números incomensuráveis mas que estão a modificar a nossa cultura. Por vezes, especialmente nas redes sociais, essa é a cultura do nada reduzida à dimensão do "post it, ergo sum"! Mas, há um admirável mundo novo que nos permite fazer uma utilização utilitária da net como ferramenta de instrução e ilustração pessoal. Assim, no futuro, é certo que parte da instrução e da formação das novas gerações será feita em bibliotecas digitais. Equipamentos como o Kindle da Amazon ou o Ipad da Apple permitem transportar, com os demais ficheiros pessoais, milhares de títulos da Literatura Universal que são descarregados em torrentes por menos de 10 dólares! Serão uma ameaça para as editoras? Alguns analistas acreditam que não e que estamos perante o equivalente moderno da prensa de Gutenberg. São um novo suporte para a palavra escrita de tal forma importante que, por exemplo, a apresentação do Ipad contou com parcerias de editoras tão importantes como a Penguin. Assim é provável que livraria digital IBooks tenha o mesmo êxito que alcançou o Itunes. E nós por cá? Como seria de esperar na cauda da civilização. Só no final do ano passado é que o Kindle foi lançado em Portugal e o Ipad da Apple ainda não tem data marcada. Mas, o certo é que os mesmos serão, por enquanto, meros brinquedos tecnológicos num mercado de edição do livro electrónico em Portugal que tem poucos livros editados. Também aqui há um estigma de iliteracia tributário de uma longa tradição de escassez de leitores. Creio que não há registo histórico de uma geração ter desperdiçado tantas oportunidades de instrução e de conhecimento como a presente. Para este mal, infelizmente, não há remédio electrónico ou qualquer biblioteca digital que ajude; não é um problema "cultural" mas sim de civilização.
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João Nuno Almeida e Sousa nas crónicasdigitais.com
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João Nuno Almeida e Sousa nas crónicasdigitais.com
sexta-feira, março 12
A «última» crónica
Foto Enviado Especial
Entre 2 e 7 de Março o Teatro São Luiz foi a embaixada da cultura açoriana, em Lisboa. A iniciativa partiu de um convite de Jorge Salavisa ao Teatro Micaelense, fruto da parceria institucional existente entre ambas as salas de espectáculo.
Esta foi uma operação pioneira e meritória que, nesta primeira edição, possibilitou o salto necessário, e fundamental, para o “exterior”. Um objectivo que é para muitos artistas (e projectos) das ilhas, muitas das vezes, intransponível.
O São Luiz foi palco de oportunidades e funcionou como uma descentralização ao contrário. Porque foi, neste caso, o local que se deslocou ao centro e se transformou ele próprio, numa centralidade.
A literatura, a arquitectura, a dança, os novos criadores, a culinária e a música, em diferentes formatos, constituíram as propostas com que os Açores obsequiaram os lisboetas. Entre açorianos residentes na capital, estudantes, “amigos dos Açores” e público “anónimo”, foram muitos os curiosos que acorreram ao Jardim de Inverno e à Sala Principal, do São Luiz, para participar nos debates e assistir aos concertos, constantes do extenso programa proposto.
No entanto, e é com alguma mágoa que digo isto, foram poucos os ecos que nos chegaram da capital. Para além do trabalho irrepreensível da RDP/A, que diariamente fez apontamentos sobre o desenrolar dos acontecimentos, e da Azoresglobal TV que efectuou diversas emissões online e em directo dos espectáculos e debates, no restante espectro noticioso regional o vazio foi quase total. E em relação à Semana, propriamente dita, ficaram-se por episódios secundários e por questiúnculas risíveis. É pena que tenha sido essa a leitura (à distância).
Em Outubro de 2006, quando iniciei a minha colaboração quinzenal com este jornal, escrevi o seguinte: «As guerras e os ódios pessoais inerentes a um espaço sócio-cultural restrito delimitam forçosamente a agenda e a edição daqueles que, por princípio, têm por obrigação informar. Isso não é dito nem assumido, mas lê-se». Agora, talvez mais do que então, faz ainda mais sentido aquilo que redigi.
PS: Foi bom estar deste lado. O “exercício” agora passa a ser outro.
* Publicado na edição de 09/03/10 do AO
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quinta-feira, março 11
quarta-feira, março 10
Documentário «3 Casas em São Miguel»
É a história de três arquitectos e de três clientes que procuram, cada qual, construir a sua Casa de Sonho... O documentário convida o espectador a reflectir sobre o processo de construção de uma casa, das relações intensas e difíceis entre as duas partes; enfim, de como um sonho se torna, ou não, realidade.
Esta noite pelas 21h00 na Biblioteca Pública e Arquivo Regional de Ponta Delgada. Uma apresentação da Associação Cultural “Despe-te-que-suas".
terça-feira, março 9
segunda-feira, março 8
domingo, março 7
sexta-feira, março 5
E porque hoje é 6ªf
Alice in Wonderland
Sala 1 | Castello Lopes (Pdl)
No mínimo, é divertido e inteligente. A comprovar por estes dias.
quinta-feira, março 4
Literatura no Teatro
Daqui a duas horas vai-se falar de Nemésio e de literatura e escritores açorianos no São Luiz. Vou estar na mesa, a distribuir jogo. A responsabilidade é grande - não só por causa da importância do momento em si e da qualidade dos intervenientes mas porque, ao que sei, a semana açoriana no São Luiz tem corrido muito bem. Eu cá ainda estou emocionado com a imagem da Susana Coelho a chorar ao ver na televisão um concerto que recriou canções a que em tempos deu voz. Sim, é um dos momentos mais fortes do documentário (ao lado de outros, como a revisitação de alguns dos melhores momentos de representação de Natália Marcelino e dos depoimentos de vários músicos, cantores e letristas dos Açores) realizado por Zeca Medeiros que passou na terça no Jardim de Inverno.
Cantos de Sereia
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"A produção decresce, a agricultura recua, estagna-se o comércio, desaparecem uma por uma as indústrias nacionais; a riqueza, uma riqueza faustosa e estéril, concentra-se em alguns pontos excepcionais, enquanto a miséria se alarga pelo resto do país". Releio pois Antero de Quental e o seu doutrinário texto "causas da decadência dos povos insulares" que tanto marcou uma geração. Antero não é património do "socialismo" apesar de ser sempre evocado como uma referência da respectiva congregação. É universal e intemporal como atesta a actualidade do texto citado. Com a devida vénia atrevo-me a especular que Antero de Quental hoje acrescentaria às "causas da decadência" a miséria intelectual e a indigência moral que se propaga como uma pandemia pela sociedade portuguesa. Sintomas dessa maleita respigam-se quotidianamente nas lides políticas, designadamente, na arena da opinião que algumas sereias do regime obedientemente fazem publicar nos meios de comunicação social do costume. Antero de Quental que era um visionário, e como tal não era "cego", por certo daria nota dessa pobreza de estilo, gasta em tanta tinta e papel de artigos de opinião, que tendo o atrevimento de se arrogar fiel depositária da verdade mais não é do que a mera replicação de palavras proferidas a mando do dono de quem assina tais verrinosos textos de propaganda. Tomar partido por um projecto, um ideal, um governo, ou por uma personalidade política, não deve implicar a alienação e hipoteca da nossa consciência. Contudo, registam os principais jornais da região a existência de tal "depravação dos costumes" cega à razão, e sobretudo, à urbanidade e elevação que são devidas ao debate político. É dessa algibeira que sai o mais visceral fel e ódio político que se personaliza na missão de morder onde o dono manda, quase sempre de ânimo leve, e na expectativa do respectivo afago como recompensa pelos serviços prestados. Dessa estirpe, que não é "nem carne nem peixe", mas sim uma espécie de sereia contente, sempre pronta a cantar os hinos do chefe, está já lotado o espaço público. Resta a esperança e a confiança de que quem lê, não sendo "cego", tenha a presciência de saber "ver" quem fala por si, ou a mando da esperada sinecura e comenda prometida a quem se presta ao ofício de "grilo falante" dos respectivos mandantes. Quando se nivela por baixo o debate político, recorrendo ao arsenal de frustrações alheias e à falta de respeito que merecem os cidadãos, corre-se o risco de nos tornarmos "numa pobre gente" - (para citar novamente Antero) - que envergando as vestes de carrasco arrisca-se no futuro a ser "vítima da confusão moral" (idem) no meio da qual germinou.
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João Nuno Almeida e Sousa nas crónicasdigitais do jornaldiario.com
"A produção decresce, a agricultura recua, estagna-se o comércio, desaparecem uma por uma as indústrias nacionais; a riqueza, uma riqueza faustosa e estéril, concentra-se em alguns pontos excepcionais, enquanto a miséria se alarga pelo resto do país". Releio pois Antero de Quental e o seu doutrinário texto "causas da decadência dos povos insulares" que tanto marcou uma geração. Antero não é património do "socialismo" apesar de ser sempre evocado como uma referência da respectiva congregação. É universal e intemporal como atesta a actualidade do texto citado. Com a devida vénia atrevo-me a especular que Antero de Quental hoje acrescentaria às "causas da decadência" a miséria intelectual e a indigência moral que se propaga como uma pandemia pela sociedade portuguesa. Sintomas dessa maleita respigam-se quotidianamente nas lides políticas, designadamente, na arena da opinião que algumas sereias do regime obedientemente fazem publicar nos meios de comunicação social do costume. Antero de Quental que era um visionário, e como tal não era "cego", por certo daria nota dessa pobreza de estilo, gasta em tanta tinta e papel de artigos de opinião, que tendo o atrevimento de se arrogar fiel depositária da verdade mais não é do que a mera replicação de palavras proferidas a mando do dono de quem assina tais verrinosos textos de propaganda. Tomar partido por um projecto, um ideal, um governo, ou por uma personalidade política, não deve implicar a alienação e hipoteca da nossa consciência. Contudo, registam os principais jornais da região a existência de tal "depravação dos costumes" cega à razão, e sobretudo, à urbanidade e elevação que são devidas ao debate político. É dessa algibeira que sai o mais visceral fel e ódio político que se personaliza na missão de morder onde o dono manda, quase sempre de ânimo leve, e na expectativa do respectivo afago como recompensa pelos serviços prestados. Dessa estirpe, que não é "nem carne nem peixe", mas sim uma espécie de sereia contente, sempre pronta a cantar os hinos do chefe, está já lotado o espaço público. Resta a esperança e a confiança de que quem lê, não sendo "cego", tenha a presciência de saber "ver" quem fala por si, ou a mando da esperada sinecura e comenda prometida a quem se presta ao ofício de "grilo falante" dos respectivos mandantes. Quando se nivela por baixo o debate político, recorrendo ao arsenal de frustrações alheias e à falta de respeito que merecem os cidadãos, corre-se o risco de nos tornarmos "numa pobre gente" - (para citar novamente Antero) - que envergando as vestes de carrasco arrisca-se no futuro a ser "vítima da confusão moral" (idem) no meio da qual germinou.
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João Nuno Almeida e Sousa nas crónicasdigitais do jornaldiario.com
quarta-feira, março 3
Esta semana nos Cinemas
Shutter Island
Sala 1 | Castello Lopes (Pdl)
Um magistral exercício de cinefilia. A opinião é aparentemente consensual mas ainda não o vi.
Up in the Air
Sala 2 | Castello Lopes (Pdl)
George Clooney é mais do que só charme num belíssimo filme sobre a ilusão das aparências. Não é só mas também. Entretém, não causa danos de maior, contempla um dose aceitável de lugares comuns mas, e apesar disso, não acaba "bem".
Comentário avulso Continuamos na nossa missão institucional, é um trabalho difícil mas alguém tem de o fazer. E não é com pena que digo isto. Pois pena(s) têm as “galinhas”!
terça-feira, março 2
segunda-feira, março 1
MTB and snow em São Miguel ?
"Se cá nevasse fazia-se cá ski ? " Não ! Mas freeride e mountain bike parece que sim.
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Monte Escuro em São Miguel por André Arruda no Trilhos de Lava
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Video da descida das "antenas" Lagoa do Fogo pelos amigos Luís Garcia e Pedro Pacheco num registo com imagens radicalmente fabulosas.
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Monte Escuro em São Miguel por André Arruda no Trilhos de Lava
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Video da descida das "antenas" Lagoa do Fogo pelos amigos Luís Garcia e Pedro Pacheco num registo com imagens radicalmente fabulosas.
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Via Rápida 2010-02-27 from Luis Garcia on Vimeo.
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