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Sócrates teve o seu Haiti na Madeira. Tal como Obama, nos escombros da tragédia alheia, o ainda primeiro-ministro Português viu relançada a sua popularidade por simpatia e solidariedade. Descontadas as diferenças abissais, quer da dimensão da hecatombe, quer das personagens, é nestes momentos que um golpe de infortúnio tem o efeito perverso de relançar a simpatia pública por quem personaliza o dever de solidariedade. Certo é que a analogia termina por aqui. Como registam os maníacos das sondagens a popularidade de Obama, que estava em queda, voltou a saldo positivo com a sua disponibilidade para a causa de solidariedade com o Haiti. Após a tormenta da Madeira também Sócrates se prestou ao patriótico dever de prometer ajuda aos Madeirenses capitalizando a popularidade do momento. Porém, a diferença que conta é que Obama ainda mantém um capital político de credibilidade. José Sócrates luta por se manter à tona de água.
Sócrates teve o seu Haiti na Madeira. Tal como Obama, nos escombros da tragédia alheia, o ainda primeiro-ministro Português viu relançada a sua popularidade por simpatia e solidariedade. Descontadas as diferenças abissais, quer da dimensão da hecatombe, quer das personagens, é nestes momentos que um golpe de infortúnio tem o efeito perverso de relançar a simpatia pública por quem personaliza o dever de solidariedade. Certo é que a analogia termina por aqui. Como registam os maníacos das sondagens a popularidade de Obama, que estava em queda, voltou a saldo positivo com a sua disponibilidade para a causa de solidariedade com o Haiti. Após a tormenta da Madeira também Sócrates se prestou ao patriótico dever de prometer ajuda aos Madeirenses capitalizando a popularidade do momento. Porém, a diferença que conta é que Obama ainda mantém um capital político de credibilidade. José Sócrates luta por se manter à tona de água.
Na verdade, que credibilidade merece a palavra do primeiro-ministro de Portugal seja onde for? Que consolo encontram os sinistrados num primeiro-ministro de currículo pouco recomendável e que fez da Madeira a "mãe" de todas as causas do desequilíbrio das contas públicas? Que crédito merece um chefe de governo que usou o preconceito contra as Autonomias – (no caso a da Madeira porque não marchava pela sua partitura) – para desviar a atenção sobre os seus públicos pecados?
A personagem que agora promete "mundos e fundos" é a mesma da licenciatura tirada por correspondência e titulada num Domingo; do compadre professor António Morais que lhe fez exames por fax e validou equivalências a eito; das negociatas manhosas dos projectos assinados a troco de comissão nas "maisons" na Câmara Municipal da Guarda; dos registos biográficos falsificados na secretaria da Assembleia da República; das cumplicidades com a vara de penedos e demais camarilha da "face oculta"; da compra do apartamento de luxo no Heron Castilho, com cómodo para a abençoada mãezinha, por um preço bagatelar em conluio com uma imobiliária offshore que se presume não pague impostos à fazenda Portuguesa; do tio que parece ter saído de um script dos "Sopranos" e do primo em fuga à Justiça e algures em parte incerta na China, mas que estará implicado nas "luvas" do caso Freeport; das cumplicidades para silenciar as vozes incómodas dos órgãos de comunicação social que não são tutelados pelo Governo…ao que tudo o mais se poderia acrescentar um longo etc. Enfim: O Sócrates do Figo e da escandaleira nacional desse corpo em putrefacção que é o governo a que preside, cujo último episódio conta com um "boy" na administração da PT como intermediário de um negócio de milhões com o futebolista Figo a troco da participação deste na propaganda de Sócrates! Trata-se do mesmíssimo Sócrates que dramatizou a Lei de Finanças Regionais da Madeira chantageando o parlamento com uma ameaça de demissão caso a lei fosse aprovada. Feitas as contas o que estava em causa equivalia a um dia de endividamento público nacional ! Tão pouco para um país que esbanja rios de dinheiro e injusta limitação para uma região que muito contribui para o PIB nacional pois é, seguramente, o principal pólo turístico que Portugal tem para oferecer. O limite dos 50 milhões de €uros, como valor máximo de endividamento que cada região pode contrair, parecem agora trocos perante o esforço de reconstrução que será necessário realizar. Antes da tragédia e da forçada "reconciliação" com José Sócrates, o Presidente do Governo Regional da Madeira referia-se ao continente como uma espécie de "Sicília" e sentenciava que cada povo tem o que merece. O certo é que os Madeirenses não mereciam esta desgraça e os Portugueses já dispensavam o castigo de ter Sócrates como primeiro-ministro. Mas lá diz o povo que uma desgraça nunca vem só!
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João Nuno Almeida e Sousa nas crónicasdigitais do jornaldiario.com
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João Nuno Almeida e Sousa nas crónicasdigitais do jornaldiario.com
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