quarta-feira, março 28

coisas dos jornais

O título da notícia diz assim: Açores não quiseram O Evangelho Segundo Judas. Lendo ficamos a saber que, segundo o jornalista, que cita Tito Lyon de Castro, editor das Publicações Europa América, que diz que um vendedor disse, duas dezenas de livrarias açorianas não quiseram comprar o livro. Para confirmar a notícia são nos dados três testemunhos. Um senhor Cândido Fernandes, responsável por três lojas da Post, livraria católica, que não quis comprar o livro, está no seu direito e fez muito bem, digo eu. De Paula Quadros, da In Folio em Angra, que têm bom gosto e pelos vistos bons clientes, que também não quis comprar o livro. Por fim, de Goreti Tavares, da Tabacaria Açoriana, que desmente a história e vai ao ponto de dizer que nunca recusa nada. Ora eu não sou jornalista e nem sequer me vou dar ao trabalho de telefonar para as três livrarias que frequento a perguntar se têm o livro, mas quase que aposto que em Ponta Delgada será fácil comprar o dito Evangelho. A questão que se coloca é o propósito disto, o que é que leva o Público a publicar uma coisa destas? Encher um cantinho da edição porque não havia notícias? Fazer um favorzito ao editor criando uma polémica idiota para este vender mais livrinhos a custo da ideia retrógrada de que os Açores são terra de fervorosos católicos? Foi por pura estupidez? É difícil perceber o que leva os jornais a fazerem notícias destas e, por sua vez, é cada vez mais difícil acreditar nos jornais. È caso para lembrar uma velha anedota "só acredita nos jornais quem nunca leu publicada uma notícia sobre si próprio".

Sem comentários: