sexta-feira, outubro 2

o Golem passeia por Braga, o André, na cidade do cardeais

"If you have brought the dead to life trough magic, beware of that life. The lifeless clay will scorn its master and turn to destroy him"
do filme Der Golem de Paul Wegener 1920.
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"No século XVI em Praga, Loew, um sábio rabi, molda um ser de barro - o Golem - com o intuito de proteger os judeus da perseguição decretada pelo imperador.

A passagem de ser inerte do colosso de barro à vida faz-se através da palavra mágica "aemaet" proferida por Astaroth - demónio de hálito fumegante convocado perigosamente por Loew.

A palavra mágica (verdade em hebreu) é escrita num papel e colocada numa estrela, sendo depois injectada no peito da criatura. O ser de penteado intemporalmente esquisito acorda! O Golem abre os olhos como um robot subitamente ligado à corrente! Olhos brancos de titânio na escuridão expressionista do filme – está pronto!

A esta espécie de guarda-costas de discoteca de província sobrenatural será pedida/ordenada a execução de tarefas que ultrapassam largamente o desígnio primordial da criatura.

O mago que lhe dá vida com o objectivo nobre de proteger os seus semelhantes não resiste a uma demonstração infantil de poder e ordena a criatura a cortar lenha, a tirar água do poço e esticando-se mais um bocadinho ordena que lhe faça compras na mercearia local. O Golem não possuindo o dom da palavra leva uma lista de compras escrita pelo mestre e uma sacola devidamente colocada no antebraço… O poder do Amo está por um fio!

Mais tarde o ajudante do rabi irá tentar dominar a criatura sem o conhecimento do mestre. Manipula o Golem com o fito de afastar o cavaleiro que lhe infligiu uma valente dor de corno, porque este anda à socapa com a filha do rabi por quem também está perdido de amores.

No final a criatura salva o povo como era esperado. O happy-ending revela a humanidade residual do Golem. O ser de barro pega carinhosamente ao colo uma criança deixando que esta lhe retire o "Plug" miraculoso da vida. O monstro reequilibra a ordem natural das coisas!

Poder-se-ia acrescentar ainda a súbita aparição de uma nuvem negra envolvendo Vincent Price, a sua voz daria caução sonora à frase quase bíblica:"BEWARE"!

Afinal o grau de monstruosidade do mago/mágico ultrapassa a sua criação!

Oh a iniquidade! Oh a insolência!"

André Almeida e Sousa
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Pintura e Desenho 2 Outubro
na Galeria da Universidade - Museu Nogueira da Silva/
Universidade do Minho na idolátrica Braga

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