E pela sua leitura:
“(…) O que me assusta nos cenários económicos nos quais a prioridade vai para a construção cívil, não é o crescimeto exponencial que se consegue atingir durante a fase de execução dos trabalhos.
O depois é que se torna problemático: depois de construída uma rotunda, não existe mais nenhuma criação de riqueza. O equipamento passa a ser fonte de despesa e, obviamente, nunca se conseguirá rentabilizar per se. (…)”
Apesar de compreender as perspectivas – expressas e implícitas – do comentário (que se pode ler na integra na caixa de comentários do post “Lagoa, que caminho?”), considero que o mesmo não resume o que está a ser discutido.
O post "Lagoa, que caminho?" concentra-se num momento posterior, procurando tirar partido da criação de uma quantidade de infraestruturas capacitantes, transformando-as em prole da Lagoa e de todas as empresas e pessoas que escolhem a Lagoa para operar e viver.
A quando da concepção das tais infraestruturas, é esperado que a despesa provocada pela sua manutenção deva ser compensada pela riqueza que a sua utilização gera. É aqui é que reside a grande dificuldade de Lagoa, é que nem sempre o que se planeia acontece de facto, ou dentro do prazo designado.
Tal como o Turismo nos Açores está a sofrer o efeito das denominadas crises de crescimento, também a Lagoa tem sofrido (esperamos que não por muito mais tempo) com o enorme crescimento que conheceu entre 1994 e 2004, evidenciando ainda uma certa dificuldade em adaptar-se à sua nova compleição física.
O concelho está muito perto da “metrópole açoriana” e, para fixar as pessoas no concelho, precisa de uma maior capacidade reivindicativa junto do poder político e de massa encefálica, com a necessária criatividade, que ajude a ultrapassar esta fase que já demora há tempo demais.
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