segunda-feira, junho 12

No sábado ninguém quis faltar à chamada. Todos quiseram marcar presença nesta acção de (re)abertura do Museu à cidade e à ilha, por via da comemoração de um aniversário com a comunidade que o alimenta. Acredito que muitos compareceram devido, essencialmente, à polémica em torno da nomeação do actual director; outros pelo apelo à exposição que se inaugurava, uns por mera curiosidade outros, ainda, porque sim. Mas, houve quem tenha ido pela 1ª vez ao Museu Carlos Machado (!). A mim não me interessava (falso!) a razão de tamanha ausência mas congratulei a participação, a adesão ao evento e, finalmente, a ida ao Museu. A exposição é intencionada e tenta agitar as águas, socorrendo-se de uma geração Maior de artistas residentes - o todo é globalmente positivo apesar de um (ou outro) eventual desequilíbrio circunstancial. O Hábito não faz o Monge mas é de Hábitos que se alicerça a Cultura. Apenas por intermédio da fruição e do devir cultural são construídas necessidades cujo desenvolvimento floresce pelo contacto constante e regular com a realidade cultural que existe, que nos assiste ou que deva ou possa existir. Foi com satisfação que acompanhei a multidão que percorreu um Museu repleto e fora de horas. Críticas!? Há certamente. Mas, congratulo este súbito interesse pela Coisa cultural. O meu Desejo para o Museu!? Que não permaneça ou se cinja a um mero repositório de memórias; que lute por uma actualização e pela edificação de um espólio vivo e participado; e que seja hábil no apelo a mecanismos de interacção e de comunicação que façam sentido às novas gerações, numa objectiva manobra de sedução pela descoberta da História que os antecedeu.

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