quarta-feira, fevereiro 23



A «desfolhar» o livro intitulado "COZINHA DIVINA - as receitas de um viajante apaixonado pela culinária" da autoria de Chakall, encontrei esta passagem:

"(...) E também dedicado às mães, às filhas, às avós e às netas:
às mulheres que são maltratadas, machizadas, subestimadas,
denegridas, ignoradas. O meu desejo é que chegue o dia em
que tudo isto deixe de acontecer, porque sem as mulheres não
somos nada, nem sequer existiríamos.
Dedicado também aos homens que não agridem física ou
psicologicamente, que não são tarzans de trazer por casa,
que não desprezem os outros por motivos como o sexo,
o físico, a cor da pele, a religião ou qualquer outra coisa
que nos leve a ver os outros como seres diferentes de nós.
Imagine um mundo monocórdico, sem diferenças,
sem contrastes, sem música, sem sabores e sem cores. Eu não
gostaria de viver num mundo assim.
Como disse um dos meus escritores preferidos, Ivan Klima,
olhar o mundo sempre do mesmo lugar decisivamente
embrutece e certamente não existem verdades absolutas,
embora perdurem mentiras evidentes."

Estranhei. Torci o nariz.
Não esperava ler isto num livro de um «mestre de culinária» mas, se calhar, começo a perceber melhor a razão da «escolha gastronómica» da nossa companhia de aviação, que, é como quem diz: para fugir a tudo isto, viaje na SATA(!) e para os Açores, se faz favor.

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