quarta-feira, fevereiro 2

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Ana Vieira Pronomes, 2001
«"Muros de Abrigo", o nome dado à primeira exposição antológica de Ana Vieira no Centro de Arte Moderna (CAM) da Gulbenkian, é também a designação, nos Açores, dos muros de pedra que protegem as vinhas do ar vindo do mar. Esses muros, que a artista percorria em criança abrindo sucessivamente as portas que os separavam uns dos outros, introduzem o conceito que o comissário Paulo Pires do Vale escolheu para abordar a obra de Ana Vieira: o muro, fronteira entre um exterior e um interior, o público e o privado, o doméstico e o mundo.
(...)
Ana Vieira disse em tempos que toda a vida tinha fugido do objecto, e na verdade há na sua obra uma recusa da facilidade e do lado mais comercial da arte que é também uma ética. Assumindo a sua condição individual e social, bem em consonância com a produção artística internacional desde a década de 70, transforma-a em princípio estético operativo do qual não se afasta nunca. Esta é assim uma obra de uma coerência e de uma exigência notáveis, que urge colocar no seu devido lugar na arte portuguesa contemporânea».
Depois da passagem, em 2010, pelo Museu Carlos Machado, tempo de permanência e de visita obrigatória, até 27 Mar'11, no CAM.

Esta exposição resulta de uma parceria - estratégica e fundamental para a instituição açoriana - entre o MCM e a FG.

* O bold é meu.

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