domingo, junho 13

Diário de Bordo. Dia 6.



Ontem à noite ensaiámos pela primeira vez no Jardim de Inverno do Teatro São Luiz, onde estaremos a actuar nos dias 24, 25 e 26 deste mês. Para ver como é que funciona no espaço o cenário, as projecções, o som, etc. Foi bom ver o Dinarte lá em cima, no seu papel de empenhado (por vezes emocionado) mestre de cerimónias. Foi bom perceber que o tom que pretendemos para o espectáculo está lá - e notar que agora o que é preciso é afinar a ligação de todos os elementos. Numa palavra: ensaiar. Repetidas vezes. Até termos uma proposta orgânica, sem ruídos de maior (ruídos, sabemo-lo, haverá sempre, até porque não queremos deixar cair o seu lado impuro de performance, de narração viva de uma história). Daqui a pouco partimos para São Miguel. Vamos todos: o Dinarte, o Paulo, o Sérgio, o Feliciano, a Inês e o João. Hoje será dia de desarrumar as malas. Amanhã pegaremos ao serviço no Teatro Micaelense. Estamos inquietos para o fazer - até porque há muita coisa que vamos experimentar em cima do palco. A luz, por exemplo. Perguntamo-nos todos (apesar das conversas, das trocas de ideias): como é que o Feliciano nos vai iluminar a todos?

Esta semana a Inês Eva, nosso produtora, deu-nos uma óptima notícia: a aprovação por parte das Éditions Jacques Brel (a fundação dirigida pela filha do cantor, France - ela que esteve com o pai nos Açores em 74) do nosso pedido de cedência de direitos de exibição de material audiovisual e sonoro do Grand Jacques. Mandámos para lá uma gravação e eles caribaram. Ficámos muito contentes. Porque nos permite jogar melhor com os ingredientes todos. Passámos a ter à nossa disposição todos os ingredientes em cima da mesa. Agora resta saber quais vão ser escolhidos - e decidir qual a melhor forma de os transformar e cozinhar.

Por falar das Éditions: hoje, através do blogue do Sérgio Paixão, ficámos a saber que já fazem notícia do espectáculo. O que é bom. O que é óptimo. E aumenta (ainda mais) a nossa responsabilidade e o nosso entusiasmo.

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