segunda-feira, fevereiro 18

...Eu hoje deitei-me assim

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Uma visão benevolente do Islão em contraponto a uma perspectiva decadente da cristandade. Eis o mote para um filme politicamente correcto nos nossos dias. Uma espécie de metáfora pós 11 de Setembro tendo por cenário a gesta das Cruzadas. Com um substrato ideológico destes Sir Ridley Scott filmou "O Reino dos Céus".
Good Heavens ! Creio que foi o pior filme visionado em 2008 !

Já sabia que Scott era enfadonho e repetitivo. Mas ainda assim esperava um filme que retomasse a cruel e genuína visão da Idade Média do "fantabulástico" "Flesh and Blood" que serve sempre de reminiscência para este subgénero de cinema. Mas ainda assim dei-lhe o benefício da dúvida ante um rol de estrelas que caucionavam uma boa noite de cinema. Ao fim de 134 minutos de filme senti-me ludibriado. Lamentavelmente Ridley Scott não seguiu a fórmula de Paul Verhoeven

Ao invés, Ridley Scott assina uma indigesta xaropada em estilo de maxi vídeo-clip. Quanto ao casting, em suma: Orlando Bloom é inexpressivo e um canastrão dos tempos modernos. Vê-lo, num filme de época, emergir no deserto da palestina em luzidio corcel, com uma capa esvoaçante, e uma longa melena animada por litros de amaciador é, no mínimo, uma blasfémia para qualquer cinéfilo.Jeremy Irons faz um frete e balbucia umas linhas. Eva Green está melhor do que nunca...mas não se despe sequer um milímetro. Acaso este filme se cruze à vossa frente fujam dele como o Diabo da Cruz.
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