sábado, dezembro 1

episódio

curtas impressões sobre congressos

Os caminhos da actividade partidária são tão recortados como a estrada para o Nordeste e ainda não houve quem inventasse uma possível SCUT que tornasse mais rectilínea a actividade de gerir um partido. Acrescente-se a isto o facto do partido ser um dos do arco do poder e a dificuldade é ainda maior. O actual PSD e o seu XVII Congresso são a imagem disso. Ser militante do PSD, tal como do PS, é querer ser poder. Ser militante e não ter poder é desesperar. De um congresso como este deveria sair uma mensagem muito forte para o eleitorado açoriano das verdadeiras capacidades do PSD-A, dos seus intentos, da sua vontade, do seu potencial. A alternativa, tão apregoada por Costa Neves, materializada em algo mais do que um casamento arranjado, quais noivos indianos, entre figuras de listas opositoras nas directas. Feliz ou infelizmente não creio que nada disso tenha sido aqui conseguido. E é certamente sintomático que da sessão de encerramento o discurso mais aplaudido tenha sido o do vice-presidente do PSD-Madeira com a sua retórica populista ao melhor estilo da escola Alberto João. A quente e antes de análises mais profundas, e outros momentos de humor, o que este "agente infiltrado" pode dizer é que termina esta experiência de reportblogger com a sensação de que este congresso foi mais um evento social do que político e que, e isto sim é grave, os próprios militantes do partido, silenciosamente, pensam o mesmo.

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