domingo, dezembro 31
Triste Comédia !
sábado, dezembro 30
Sem título
Na euforia própria das vitórias de Pirro, um diligente soldado americano resolveu enfiar na cabeça de Saddam Hussein um boné dos New York Yankees. Hoje de madrugada, antes de o enforcarem, Saddam recusou que lhe enfiassem outro barrete. Foi uma morte apressada e ocorreu numa data sagrada do calendário religioso islâmico, o Eid-al-Adha, a festa do sacrifício. O antigo dirigente iraquiano estava longe de ser uma ovelha inocente, mas duvido que a sua execução seja o ponto final desta história. Assinala apenas uma mudança de parágrafo.
last minute
T. 296 549 090.
McPost
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Não tenho nada contra, nem a favor, do globalizado Mcdonalds. Mas, (há sempre um "mas"), dou por assente que, entre a suculenta imagem plastificada do menu reluzente e o BigMac, real e desfalecido, que nos entregam numa cartolina reciclada, qualquer semelhança é pura coincidência. Nessas ocasiões ocorre-me sempre a imagem de Michael Douglas em um "Dia de Fúria", desejando ter à mão, pelo menos, uma justiceira Uzi para exigir do Mccriado o hambúrguer que a fotografia promete. Seja como for, não pretendo travestir-me de Michael Douglas e, muito menos, seguir o triste exemplo Jose Bove, paisant franciu que, pela força, quis boicotar o ganha-pão do palhaço Ronald McDonald. Ademais, além das royalties do dito clown do fastfood, dúvidas não restam que este "restaurante" tem como retorno imediato os postos de trabalho que inscreve e, a longo prazo, a economia terapêutica de obesos dos 7 aos 77 anos! Seja como for, razão tinham os clássicos quando apregoavam "in medio virtus", pelo que, sem fundamentalismos e com moderação, é inevitável que, como "paterfamilias", também seja arrastado pelos petizes ao antro da comida rápida. Contudo, continuo a preferir uma casa de pasto honesta a um asséptico e plastificado McDonald´s. E, já agora, que vamos na onda do progresso do franchising espero, para breve, uma filial da FNAC em Ponta Delgada, seguindo o exemplo dessa capital insular da "tirania" que dá pelo nome de Funchal ?
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posted by João Nuno Almeida e Sousa
sexta-feira, dezembro 29
CineClube
quarta-feira, dezembro 27
terça-feira, dezembro 26
bestoff
Top of the Pops #2
Embora natalício, de nascimento, seja relativo ao Natal, não está escrito nas Tábuas da Lei que seja proibido morrer nesse dia. Foi o que sucedeu ontem, 25 de Dezembro, ao James Brown. Ouvindo-o, retrospectivamente, percebe-se que não foi apenas the Godfather of Soul, como alguns lhe chamavam, mas também o paizinho de muita outra coisa, desde o funk até ao rap.
RIP, ristorare in pace, ou descansa em paz, é o que se costuma dizer nestas ocasiões. Duvido que se aplique ao James Brown. Get it all up, vinha mais a calhar.
segunda-feira, dezembro 25
domingo, dezembro 24
Alta Fidelidade
sábado, dezembro 23
aTRItos [termina hoje]
sexta-feira, dezembro 22
Xmas Card
Tomei boa nota do teu contributo, Alexandre, mas torna-se melindroso adequar um Cherchez la Femme ao espírito da quadra natalícia porque, enfim, a Imaculada Conceição, padroeira do comércio tradicional de Ponta Delgada, não se presta muito a essas coisas. A Gisele Bundchen, sim, mas é melhor ficarmo-nos por aqui, não vá alguém pensar que abriu uma loja da Victoria's Secret no Parque Atlântico.
Boas Festas, Alexandre, Pedro, Vítor e JNAS. Boas Festas, blogosfera.
um contributo
quinta-feira, dezembro 21
Geração de 70
Gianclaudio Clay Regazzoni (1939-2006)
A cruz suiça no capacete identificava-o à distância quando as câmaras de televisão ainda não tinham fechado o plano sobre o habitáculo do Ferrari. Isso e a forma intempestiva como atacava as curvas, tornaram Clay Regazzoni uma figura de referência no circo da Formula 1 ao longo da década de 1970. Nunca foi campeão do mundo e deve ter ganho apenas meia dúzia de corridas em toda a sua carreira, mas adorava o cheiro a borracha queimada e continuou a acelerar depois do BRM que conduzia se ter incendiado no GP de Kyalami em 1973. Só largou a competição em Long Beach, no distante ano de 1980, quando os travões do seu Ensign se partiram. Chocou contra um Brabham e ficou paralisado da cintura para baixo. Mesmo assim, continuou a conduzir. Morreu no passado dia 18 de Dezembro na A1 italiana a caminho da Feira Automóvel de Bolonha. O seu bigode deixa-me saudades.
quarta-feira, dezembro 20
terça-feira, dezembro 19
O Tornado da Lagoa.
segunda-feira, dezembro 18
a verdadeira questão
"Concorda com a despenalização da interrupção voluntária da gravidez, se realizada por opção da mulher, nas primeiras dez semanas em estabelecimento de saúde legalmente autorizado?"
É sobre isto e só sobre isto que os eleitores portugueses vão dar a sua opinião no próximo dia 11 de Fevereiro, mas ao arautos do não continuam a querer transformar esta questão na Sodoma e Gomorra do século XXI.
Reporter X
Vox Populi
Miguel Castelo Branco - Combustões
Gustavo Fernandes
Nabo no Pedestal - 2004
Óleo sobre tela
195x130 cm
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"O uso dos contraceptivos (que não custam caro) e, sobretudo, a "pílula do dia seguinte" (venda livre a menos de quatro euros) fizeram do aborto o resultado da ignorância, da irresponsabilidade ou da má sorte."
Vasco Pulido Valente, 2 de Dezembro no Público
"Leia-se Pasolini: "A propósito do aborto, é o primeiro, e único caso em que os radicais e todos os abortistas democráticos mais puros e rigorosos fazem apelo à realpolitik, e assim recorrem à prevaricação "cínica" dos factos consumados e do bom senso. Reduzem-no a um caso de pura praticidade, a encarar exactamente com espírito prático. Mas isto (como eles bem sabem) é sempre condenável."
cit. por Jacinto Lucas Pires, 1 de Dezembro, no Diário de Notícias.
"O que está em curso é uma desculpabilização do aborto, para não dizer uma promoção do aborto. Tal como há uma parada do "orgulho gay" , os militantes pró-aborto defendem o orgulho em abortar."
José António Saraiva, 14 de Outubro no Sol
"A besta nazi espreita uma oportunidade de fazer vingar a sua tese racista sobre o genoma humano, com o consequente extermínio das "raças inferiores" e dos "economicamente inúteis".O aborto social que agora se pretende referendar é claramente um sintoma dessa tendência minimalista e desumana."
Artur Rosa Teixeira, 12 de Dezembro no Açoriano Oriental
"Os hospitais não têm vocação para fazerem abortos a pedido. Não cabe na cabeça de ninguém inundar com estes casos os hospitais que já não conseguem dar resposta em tempo útil a outras situações. A vocação dos hospitais é tratar doentes."
Luís Graça, Presidente do colégio da Especialidade de Ginecologia-Obstetrícia da Ordem dos Médicos, 13 de Dezembro no Público.
domingo, dezembro 17
Proposta "mobilizadora de grandes públicos"
A partir de agora é de esperar que Rui Rio continue a privatização dos espaços culturais da cidade do Porto.
Neste pressuposto deixo-lhe aqui uma ideia, talvez ainda não pensada, mas também ela "mobilizadora de grandes públicos":
Concessionar o Palácio de Cristal a uma qualquer associação de feirantes na certeza de que qualquer feira ambulante é mais rentável do que qualquer feira do livro.
sábado, dezembro 16
weekend postcards
sexta-feira, dezembro 15
Thank God its Friday # 6
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Por estes dias assalta-me um feroz desejo de evasão. Com vontade de recarregar a alma dou por mim a evocar a nostalgia da simplicidade, numa violenta saudade de uma vida ao ar livre tão diferente da clausura urbana. Inevitavelmente ocorre-me a promessa dos Depeche Mode : "Come back to the land / Lets get away / Just for one day." Contudo, bem fincado na realidade, sei que a estrofezinha não passa de um mantra electro-pop irrealizável fora da moldura de um vídeo clip. Who cares ? Ninguém. Seja como for, às sextas, também é certo que todos se evadem dos blogs. Para os resistentes fica o vídeo clip fabuloso dos Rammstein, num cover irrepreensível dos Depeche Mode, profusamente ilustrado pela lente imortal do génio maldito de Leni Riefenstahl em Olympia.
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quinta-feira, dezembro 14
Era uma vez...
quarta-feira, dezembro 13
Reporter X
Nos Açores exige-se cada vez mais profissionalismo e há mesmo quem fale em tornar a cultura numa fonte rentável. Muito bem. Gostaria que me fizessem chegar a fórmula milagrosa para tais realizações. Quem diz isto não sabe do que está a falar. Pior, ignora o quotidiano de quem (sobre)vive da Cultura. E tem dos Criadores e Gestores culturais uma ideia preconcebida e insultuosa.
São poucos os que conseguem subsistir de forma profissional tendo na deriva cultural a sua fonte de rendimento. Paralelamente e grosso modo, toda a produção regional é realizada tão-somente por intermédio de grupos amadores que, através dos tempos livres dos seus membros, conseguem levar à cena os objectivos a que se propõem. No entanto, muito desse trabalho, meritório é certo, dificilmente evoluirá e muitas das vezes estagna. A formação é pouca apesar da vontade. Pensar o Teatro, a Música e a Dança de forma profissionalizante é desde já uma prioridade. Mas que perspectivas profissionais existem para os formandos da futura escola de ensino artístico prevista para Ponta Delgada!? Um hobby!? A iniciação artística para uma formação artística no ensino superior!?...
O sistema cultural regional (um micro meio!) tem, obviamente, as suas falhas e está longe de ser perfeito. Mas não façamos da Cultura a ovelha negra do despesismo e (um)a culpada da crise que grassa no país. A gestão cultural tem de ser rigorosa e apela, cada vez mais, à imaginação, para do pouco tentar fazer muito.
* na edição de 12/12/06 do AO
terça-feira, dezembro 12
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O comité central do: Ilhas realizou mais uma sessão plenária, naturalmente à porta fechada. O conclave teve lugar na "cantina do bloco", ou seja, os comensais reuniram-se na clandestinidade e na segurança do abrigo do camarada Repórter X. Das notas desta reunião guarnecida com manjares vegetarianos - (o Diktat do Bloco oblige) - fica a certeza de que nada melhor do que pão e vinho sobre a mesa para gerar consensos entre tão díspares criaturas. O unanimismo, como seria de prever, durou apenas o tempo da degustação. Com efeito, depois do Chá (para uns da Irlanda e para outros uma infusão de Gourmet da Colmeia) o debate reacendeu-se em torno da próxima grande Gala do Ilhas. Na verdade, o pomo da discórdia incidiu sobre matérias particularmente fracturantes, como por exemplo, a pré selecção dos candidatos ao prémio revelação da Grande Gala pois, como é já público e notório, será tarefa assaz árdua seleccionar qual será o melhor blog evangélico da ilha Terceira. Apre !
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segunda-feira, dezembro 11
Desculpe, importa-se de repetir!?...
Qual de nós, em criança, não quis ser bombeiro?Vasco Garcia in AO de 04/12/06
Reporter X
domingo, dezembro 10
ambiente de trabalho
sexta-feira, dezembro 8
NÃO, PORQUE NÃO?
Irónicamente, ou talvez não, o resultado de qualquer dos links (factos, artigos de opinião e argumentário) foi este:
A saborear ...
quarta-feira, dezembro 6
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Este teu post de falinhas mansas tem o timbre da habitual sobranceria e soberba com que alguns partidários do SIM (o meu amigo incluído) olham para os partidários do NÃO. Contudo, a tua verdade não é melhor do que a minha. Mas, por outro lado, podemos discutir que projecto de sociedade queremos. Se quisermos uma sociedade dessacralizada dos valores humanos podemos então funcionalizar a vida intra uterina ao bem-estar dessa sociedade; coisa que não repugna aos Socialistas em geral, o que aliás está em congruência com o desvalor personalista da sua doutrina que, em primeiro lugar, coloca a prevalência da sociedade sobre o indivíduo. No resto, não podemos omitir que, a ir avante este projecto do teu Partido Socialista, o que se pretende instituir não é uma simples despenalização, mas sim a institucionalização de um crime sem pena e sem castigo. No fim da linha teremos o aborto a pedido como ultima ratio da contracepção, o que era dispensável, numa sociedade em que, entre outros meios de planeamento da barriga, já vulgarizou o uso do látex. Ademais, a lei vigente já prevê os casos excepcionais de exclusão de ilicitude que a não se verificarem poderão contar com a Jurisprudência suplementar do estado de necessidade. Logo, salvo melhor opinião, não havia necessidade de se abrir a portagem para essa auto estrada liberalizante do aborto cfr. o amigo Pedro Arruda e os seus correligionários pretendem. No resto, claro está que tudo isto será custeado por contribuintes que acaso adoeçam permanecerão em lista de espera muito mais do que 10 semanas, ao invés das senhoras, cachopas e operárias fabris que prioritariamente terão acesso à respectiva marquesa para uma sucção abortiva !!! Acresce ainda que a formulação da pergunta referendária oblitera a responsabilidade do progenitor e é apenas mais um passo na subjugação do homem ao feminismo radical. Lamentável a todos os níveis. Como se depreende muito mais teria a acrescentar mas não tenho tempo...ficará a promessa de uma posta mais desenvolvida e um voto esclarecido no NÃO. Finalmente, mas não menos relevante, gostaria de ver esta matéria discutida a sério por especialistas e práticos das áreas da Obstetrícia-Ginecologia e dos ramos de Direito que, como se sabe, lidam com resmas de processos crime de abortadeiras que têm entupido os Tribunais e cujas pendências só são ultrapassadas pelos processos de execução dos calotes pregados à TMN e Vodafone.
coisas realmente importantes
terça-feira, dezembro 5
Vive a Gamar.
A mim pretendem roubar-me cerca de 400 euros.
Estão doidos e com azar (eu nunca tenho tão "grande" quantia de saldo).
Que mais me irá acontecer?
segunda-feira, dezembro 4
Galeria de Vaidades #4
Entrada, 1917 (óleo sobre tela com colagem)
Centro de Arte Moderna (FCG), Lisboa.
Amadeo Souza-Cardoso (1887-1918) nasceu em Manhufe, concelho de Amarante, num tempo em que as elites portuguesas ainda resistiam à litoralização da inteligência. Começo por acentuar esta questão porque me aflige a imparável tendência para a desertificação do interior do país. Quem consultar a cartografia da população portuguesa na Idade Média ficará espantado com a amplitude do povoamento fronteiriço, junto aos chamados portos secos. Para os mais cépticos, aconselho uma vista de olhos pelo Livro das Fortalezas do Duarte Darmas, magnífico registo iconográfico da cordada de castelos raianos que habitualmente caracterizam uma paisagem de fronteira. Portugal sempre voltou as costas à Espanha, é certo, mas dantes olhava-a de frente e do alto das suas torres barbacãs. Agora, toda a gente foge em direcção ao litoral e a geografia das maternidades é regulada por critérios economicistas. O patriotismo está em vias de extinção e a pátria, no seu sentido locativo de "terra onde se nasceu", foi reformatada ao sabor do código postal dos Hospitais das zonas metropolitanas. Sintra, para onde Eça de Queiroz ia pastar, será em breve o concelho mais populoso do país. Poderia continuar pela IC-19 adiante, mas não quero perder de vista o Amadeo amarantino, conterrâneo de Teixeira de Pascoaes, o grande ideólogo do saudosismo nacional e autor da Arte de Ser Português.
Ao contrário de Pascoaes, Amadeo Souza-Cardoso trilhou o caminho dos estrangeirados e em 1906 foi para Paris estudar Arquitectura. Alojado em Montparnasse, onde os vapores verdes do absinto lhe coloriram a imaginação, depressa trocou o estirador pelo cavalete e, entre 1908 e 1916, consolida a sua formação no convívio mundano e artístico de Amadeo Modigliani, Juan Gris, Robert e Sonia Delaunay e Max Jacob, Constantin Brancusi e Alexander Archipenko. Até parece mentira, mas Domingos Rebelo também andava por lá nessa altura (1906-1912), graças a uma bolsa da família Andrade Albuquerque, que muito cedo apoiou a inclinação do jovem micaelense para o desenho e pintura. Porventura devido à sua tenra idade (15 anos) e ao enquadramento quase colegial da sua estadia em Paris, Domingos Rebelo passou ao lado das vanguardas e não respirou o l'air du temp, coisa que Amadeo Souza-Cardoso fez com sofreguidão ao ponto de se tornar o primeiro pintor modernista português com razoável projecção internacional. O grande José de Almada Negreiros, que lhe dedicou aquele seu admirável texto K4 Quadrado Azul, dizia com justiça no catálogo da Exposição Abstaccionismo (Lisboa, Liga Naval, Dezembro 1916) que Amadeo era a primeira Descoberta de Portugal na Europa do século XX. Foi uma descoberta, de facto, e tão primeira quanto efémera, pois Souza-Cardoso sucumbiria pouco tempo depois, em 1918, à epidemia da gripe pneumónica, entre nós significativamente conhecida pelo nome de a espanhola. Morreu em Espinho, a terra onde o seu amigo Manuel Laranjeira se tinha suicidado alguns anos antes. O desaparecimento prematuro de Amadeo e de Laranjeira simboliza como que um Portugal moderno nado-morto e nem mesmo a geração do Orfeu me faz esquecer essa perda irreparável.
Se forem a Lisboa nesta quadra natalícia e quiserem saber o que Portugal não foi e podia ter sido, passem uma tarde na Fundação Calouste Gulbenkian a ver a Exposição do Amadeo Souza-Cardoso e lembrem-se que ele nasceu perto de Amarante.