sábado, novembro 30

Sem papas de gaguejos

Aparentemente (porque as coisas nem sempre são como nós as pintamos), depois de comer, não faltam colheres. É o que diz o ditado popular sem, contudo, considerar o estranho facto das pessoas que passam a governantes se votarem, depois do respectivo processo eleitoral, a um fatal ensimesmamento intelectual. Fatal para eles no longo prazo mas, no imediato, fulminante para um considerável conjunto de pessoas que, privadas de poderem dar o seu contributo (que devia ser acarinhado e, sobretudo, incentivado pelas instituições públicas), acabam por ficar com o(s) investimento(s) às costas, arrastando um conjunto de outras pessoas para águas ainda mais agitadas, onde o naufrágio é cada vez mais temido.

(…) Ouvi que a ATA iria encomendar ou já terá encomendado outro estudo, quando existem dezenas de estudos feitos nos últimos 20 anos sobre o Turismo nos Açores. O diagnóstico está feito. E se as instituições públicas se sentassem com os privados à volta de uma mesa, numa verdadeira sessão de trabalho, o diagnóstico ficaria feito em meia dúzia de horas. Depois é preciso ir para o terreno fazer as ações necessárias para captar negócio. E isso tem falhado. Há alterações constantes ao longo dos diferentes governos e nas diferentes instituições, o que leva a que o trabalho não seja consistente. O que acontece na ATA é que não existe ali uma estrutura profissional, conhecedora do setor e que seja capaz de pegar no diagnóstico que, na minha opinião está feito e não é preciso fazer novamente, e implementar uma estratégia que resulte e que seja consistente. E por isso andamos aos “esses”. (…)

Apesar de perspectivar algumas coisas de um ângulo diferente, recupero a desassombrada entrevista do Rodrigo Rodrigues do passado dia 25, no Açoriano Oriental para relembrar que, apesar de muita coisa poder ter sido melhor feita, não nos podemos esquecer que o investimento dos operadores está intrinsecamente relacionado com a dimensão que a operação poderá vir a atingir e que, todos juntos, devemos trabalhar para que os Açores possam ganhar a massa crítica que muita falta lhes faz para que um determinado “desmame”, por cá e nos vários mercados emissores, possa ser uma realidade.


Quero ler na referida entrevista que não devemos sucumbir à tentação de pensar pequenino nas alturas de maior aperto, pois, é absolutamente crítico manter as coisas em perspectiva e trabalhar a não-conformidade, por forma a procurarmos combater as tendências redutoras em termos de natureza e escala dos investimentos ainda por fazer, para conseguirmos subir mais um degrau dos muitos que ainda nos faltam galgar no negócio do Turismo.

1 comentário:

Anónimo disse...

Já houve alguém, algures, nalgum tempo longínquo, recôndito, que tenha sucumbido á tentação de pensar pequenino?? Pequenino dá tentação?? (LOL) Ache que não. Olha querida, vamos pensar pequenino!! Eis uma ganda porra de tentazan, campian!!!