domingo, fevereiro 8

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«(...) "Valquíria" não é "o filme do costume" sobre o nazismo ou sobre o anti-nazismo. Fora sabermos que Stauffenberg e os seus camaradas estão do lado certo da História, nada há de reconfortante nem neles nem nas suas motivações - o que é até, pelo menos até certo ponto, historicamente justo. Stauffenberg, assim como boa parte do corpo de oficiais do exército alemão, era oriundo da velha aristocracia militar prussiana, que não tinha especial simpatia pelo nazismo mas podia conviver bem com ele enquanto os interesses se mantivessem comuns e a classe não se sentisse particularmente desonrada». Luis Miguel Oliveira (PÚBLICO).



O Estranho caso de Benjamim Button «Não é um filme, são três cruzados que não têm nada a ver um com o outro: a partir do conto de Fitzgerald sobre um homem que nasce velho e em vez de envelhecer rejuvenesce ao longo dos anos, o argumentista Eric Roth quer fazer uma sonsice pseudohistórica à "Forrest Gump", Brad Pitt e Cate Blanchett (ambos espantosamente "miscast") parecem estar num melodrama romântico à moda antiga, e o realizador David Fincher quer fazer uma fábula romanesca. No papel, é a receita para o desastre; no écrã, Fincher não só ganha aos pontos, jogando de modo magistral com o espaço e o tempo para contar a sua fábula, confirmando a sua vocação de criador de ambientes e trabalhando a montagem com argúcia, como consegue fazer esquecer que o filme dura três horas, que o argumento é vergonhosamente manipulador, que Pitt e Blanchett são os actores errados para esta fita. Depois do sublime "Austrália", "O Estranho Caso..." é a segunda prova em como é possível reinventar o romanesco para os nossos dias. Não devia resultar, mas resulta - apostamos que nem Fincher sabe como». Jorge Mourinha (PÚBLICO)

Propostas em exibição até 5ª feira na Castello Lopes (Parque Atlântico/Pdl).

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