Recebi um convite.
Um convite para a Festa de Natal da Escola Profissional de Nordeste.
Com o referido convite, e como manda o protocolo, o programa com suas partes primeira e segunda.
Até aí tudo bem. A agradável surpresa constituiu-se no texto intitulado “Sentir o Natal” da autoria da Patrícia Goulart – professora de Português e Inglês da referida escola.
Passo a transcrever:
“Sentir o Natal
É Natal e não o sinto.
Vejo tanta tristeza pelo Mundo
Tantas tormentas, tanto sofrimento,
Tantas adversidades…
Não, não pode ser Natal!
Em todo o lado guerras e terrorismo
Destruição, ódio e egoísmo,
E… vidas ceifadas pelo mal
Sem cumprirem seu destino.
Não, não pode ser Natal!
Nas ruas das grandes cidades…
Que azáfama, que movimentação!
Tantas prendas compradas,
Tanto dinheiro em vão.
Não, não pode ser Natal!
O Mundo está ao contrário,
Vive-se momentos de conflitos,
Já não se sabe qual é a tradição
Nem que a esperança é alimentada por mitos
Não, não pode ser Natal!
Vive-se para a aniquilação do homem
Para a destruição da paz e da alegria comum
Vive-se para o consumismo…
E a partilha? E o amor?
Não, não pode ser Natal!
Tumulto, desordem, agitação!
Quantos corações sem fé, sem esperança
Precisam de carinho, de apoio e de ajuda?
Quantas crianças sem confiança
Necessitam de um sonho,
Que lhes preencha o coração?
Parem, pensem e vivam o Natal!
Abracem o Mundo e dêem-lhe amor,
Façam nascer em cada criança um sorriso,
A esperança de um mundo melhor.
…
Agora já sinto o Natal.
Pequenas chamas incendeiam os corações,
Espalhando amor…
Pequenas luzinhas de esperança
Abrilhantam as casas, os pinheiros
E as vidas das multidões.”
Maçada, é o facto de ter sido sempre assim (digo eu).