domingo, maio 16

PAZ PÃO POVO E LIBERDADE



Factos são Factos o PPD e o PPD/A comemoram 30 anos de existência e sem este partido, inter-geracional e inter-classista, Portugal estaria bem pior !

Desde a sua génese que o PPD moveu uma intensa frente de combate aos paroquialismos retrógrados, e aos jacobinismos de trazer por casa, que só serviram para cimentar a esquerda unida e empedernida.

Factos são Factos e o PSD pode inscrever no seu curriculum, não esquecendo o seu congresso fundacional em Novembro de 74, o pacto programático e efectivo de um projecto de Autonomia para os Açores e para a Madeira.

Em Lisboa o PPD tem o seu nascimento em 6 de Maio de 74, e nos Açores, após algumas reuniões preparatórias na Fajã de Baixo, emerge a 14 de Maio. Ontem, o militante n.º 1 do PPD, Francisco Pinto Balsemão, regressou aos Açores, e entre memórias, do Expresso e do Partido, deixou em quem o ouviu a convicção de que vale sempre a pena ambicionar uma sociedade mais justa na qual a dignidade individual e pessoal seja irredutível.

Essa dimensão personalista é, como se sabe, uma ideia motriz do partido que tantos moveu na luta contra o vendaval marxista leninista que felizmente, hoje em dia não passa de uma fugaz brisa.

Portugal deve ao PPD de Francisco Pinto Balsemão a façanha da Revisão Constitucional de 1982, colocando o País na rota das Democracias Europeias. Para os mais esquecidos, importa evocarmos que, até 1982, quem de facto puxava os cordelinhos da política Nacional era um «órgão de soberania» que dava pelo nome de Conselho da Revolução. Este cortejo de areópagos do MFA tinha poder suficiente para o rapto de funções de tutela jurisdicional típicas dos Tribunais Constitucionais ! Nessa e noutras reformas estruturais de Portugal o PSD esteve sempre presente.

Todavia, a modernidade em algumas regiões de Portugal é apenas uma miragem num out-door cor-de-rosa. Ainda há muita obra para a qual é preciso arregaçarmos as mangas e avançarmos com desmesurada ambição. Por exemplo, nos Açores, apesar dos milhões e milhões de contos investidos na Educação, voltamos a ser a região do País com a mais elevada taxa de analfabetismo...isto para não falar na galante ignorância de algumas classes dirigentes e dirigidas.

Finalmente, mas não menos relevante, 30 anos depois e sem estarmos reféns do passado ainda por cá faz falta Sá Carneiro.

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