Foi ontem muito justamente atribuído
o Grande Prémio de Romance e Novela da Associação Portuguesa de Escritores a
Ana Teresa Pereira, com o seu romance O
Lago.
Os
outros finalistas do prémio eram As Luzes de Leonor de Maria Teresa Horta, Tiago Veiga de Mário Cláudio, O Complexo de Sagitário de Nuno Júdice, e a Cidade de Ulisses de Teolinda Gersão.
Nascida no Funchal, em 1958, Ana
Teresa Pereira publica desde 1989, num ritmo e com uma qualidade
impressionantes. É uma escritora maior da nossa língua. É, na prosa, a minha escritora em
língua portuguesa. E é – digo-o com uma alegria sem par – minha amiga.
Dela e da sua literatura disse um
dia Eduardo Prado Coelho: «esta literatura de anjos, ícones e fantasmas,
procura dar realidade às coisas para conseguir que elas se separem do mundo. Mas
à medida que escreve para se separar do mundo Ana Teresa Pereira reconstitui o mundo
de que se quis separar. É por isso que nascer e morrer se confundem».
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