terça-feira, outubro 19

Dá mesmo vontade de chorar


Não! Claro que não. Até podia. Se calhar devia mas, Não!
A Filipa Oliveira não está a chorar motivada pela ironia (só comparável à falta de sensibilidade) do empresário citado por Osvaldo Cabral, na sua crónica de 5 de Outubro no jornal Correio dos Açores. O choro vem da emoção, a emoção da vitória e a vitória do esforço de formandos e formadores da Escola de Formação Turística e Hoteleira.

Entre 350 alunos de 31 países europeus, os formandos Eliseu Medeiros (bronze), Alexis Correia (bronze) e Filipa Oliveira (ouro), a participarem pela primeira vez numa competição internacional, viram o seu empenho, dedicação e destreza serem premiados no concurso Anual da Associação Europeia de Escolas de Hotelaria e Turismo (AEHT), que decorreu entre 05 e 10 de Outubro, em Lisboa.

Os alunos agora em destaque estão de parabéns e está de parabéns a escola e todos os seus profissionais que, de forma mais ou menos directa, contribuem diariamente para o sucesso desta aposta na valorização dos açorianos, comprovando que os nossos profissionais podem muito bem ser parte da solução em vez de fazerem parte do problema.

Oxalá estes exemplos se possam somar a outros e consigam – com uma maior rapidez – operar a mudança desejada. Operar a mudança naqueles que têm a responsabilidade de acolher a inovação, permitindo que os níveis de produtividade subam consideravelmente e possam, qualificando a oferta, melhorar a competitividade do nosso produto turístico.

Contudo, estes resultados não devem servir apenas para fazer inchar o ego dos responsáveis por eles (o que seria compreensível). Deve servir sim para fazer a tutela entender que há ainda um longo caminho a percorrer – pedagogicamente falando –, de braço dado com o tecido empresarial que, a debater-se com uma situação económico-financeira muito complicada, precisa ser motivado a trilhar caminhos que concorram para a sustentação dos seus negócios.

Para terminar, gostaria de acrescentar que o comentário irónico do interlocutor de Osvaldo Cabral só pode basear-se no total desconhecimento relativamente ao esforço brutal que tem vindo a ser feito nos EUA, para melhorar os hábitos alimentares dos Americanos e, sobretudo, no total desconhecimento relativamente ao trabalho que os Chefs da nova geração têm vindo a realizar, também naquele território do mundo.

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