quarta-feira, agosto 8

Teatro de Fantoches

Tem razão o André quando compara a embrulhada que se vai desenrolando no BCP com a política. Aqui d’el rei, se isto fosse num governo já tinha caído o Carmo e a Trindade. E tem também razão o João Gonçalves quando diz que já devíamos ter deixado estes senhores a brincar sozinhos (nunca pensei vir a estar de acordo com o Portugal dos Pequeninos, deve ser da silly season…) A verdade é que das coisas que se vão passando no palco que é o mundo de hoje nós, eleitores ou consumidores, só vemos o que os encenadores querem. Os bastidores, os ensaios, tudo isso fica debaixo do pano preto. As democracias ocidentais são cada vez mais oligarquias do capital, pejadas de enredos, golpes, tramas, jogos de bastidores, dos quais só nos apercebemos quando um dos actores comete uma fífia. A grande questão está em saber se o público, nós, prefere apenas gozar o entretenimento e deixar o teatro correr, ou se está disposto a ir lá atrás, aos bastidores, perceber como e quem realmente mexe nos cordelinhos. Creio que, neste momento, o que a grande maioria de nós quer, é apanhar um bocadinho de sol, beber uma cervejinha e comer umas cracas

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